O presidente da França, Emmanuel Macron, confirmou nesta quinta-feira (2.out.2025) a detenção do capitão e do imediato de um petroleiro de bandeira russa, suspeito de envolvimento em recentes incursões com drones no espaço aéreo de países membros da Otan.
A embarcação, já alvo de sanções ocidentais, foi interceptada por militares franceses enquanto navegava rumo à Índia para entregar petróleo bruto. De acordo com o serviço de rastreamento Kpler, o navio seguia para o sul pelo Golfo da Biscaia quando mudou de rota em direção a Saint-Nazaire, onde está localizado o maior estaleiro da Europa.
Uma autoridade francesa informou que o petroleiro passou pela Dinamarca — um dos países afetados pelos voos de drones — no período em que os incidentes ocorreram, o que reforçou a suspeita sobre possível participação da tripulação.
Macron declarou, antes de uma reunião com líderes europeus, que “tudo será feito pela França para esclarecer os ataques de drones na Dinamarca”, mas não deu detalhes sobre a investigação em curso.
Navio usava identidade falsa
Segundo o The Wall Street Journal, o petroleiro operava com nome de registro falso. Sancionado pela União Europeia sob o nome “Kiwala”, o casco chegou à costa francesa identificado como “Boracay”.
A embarcação integra a chamada “frota fantasma” da Rússia, formada por navios antigos contratados para driblar restrições comerciais impostas desde a invasão da Ucrânia.
Incursões em série
Em setembro, misteriosos drones interromperam voos e mobilizaram serviços de segurança em Polônia, Estônia e Dinamarca. Até o momento, as autoridades desses países não identificaram a origem dos equipamentos.
As investigações francesas prosseguem sem prazo divulgado para conclusão.
Com informações de Gazeta do Povo
