A Administração Federal de Aviação dos Estados Unidos (FAA) divulgou, nesta sexta-feira (21), recomendação de cautela a todas as empresas que operam na região de informações de voo de Maiquetia (SVZM FIR), setor que engloba o Aeroporto Internacional Simón Bolívar, principal terminal que atende Caracas, na Venezuela.
No comunicado, a agência norte-americana justifica o alerta pelo “agravamento da situação de segurança” e pelo “aumento da atividade militar” no território venezuelano e em áreas vizinhas. De acordo com a FAA, tais condições representam ameaça potencial a aeronaves em qualquer altitude, afetando operações de sobrevoo, pouso, decolagem e também as que permanecem em solo.
Escalada militar no Caribe
A tensão na região se intensificou no fim de agosto, quando os Estados Unidos iniciaram ampla mobilização militar no mar do Caribe, próxima à costa venezuelana, sob o argumento de combater o narcotráfico. Já no início de setembro, forças norte-americanas lançaram uma série de ataques a embarcações que, segundo Washington, estariam ligadas ao tráfico de drogas no Caribe e no Oceano Pacífico.
Desde então, foram registrados 21 bombardeios contra 22 barcos, resultando em pelo menos 83 mortes. O governo de Nicolás Maduro classifica a operação como pretexto para uma tentativa de mudança de regime e oscila entre pronunciamentos de confronto e apelos por diálogo com os EUA.
Pronunciamento de Trump
Também nesta sexta-feira, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou que pretende conversar em breve com Maduro e que tem “algo muito específico” a dizer ao líder venezuelano, sem detalhar o conteúdo da mensagem.
O alerta da FAA permanece em vigor e orienta que todas as companhias avaliem os riscos antes de planejar rotas que passem pela FIR de Maiquetia.
Com informações de Gazeta do Povo
