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Ex-gestor de Soros é preso por tráfico sexual após criar “masmorra” para tortura de mulheres

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Howard Rubin, investidor aposentado de Nova York que atuou como gestor na empresa de George Soros entre 2008 e 2015, foi preso na última sexta-feira (26) em Fairfield, Connecticut, sob acusação de tráfico sexual e transporte interestadual de mulheres para fins de exploração.

De acordo com o gabinete do procurador federal no Brooklyn, Rubin teria atraído dezenas de mulheres para Nova York entre 2009 e 2019. As vítimas, incluindo ex-modelos da Playboy, eram drogadas, agredidas e eletrocutadas em hotéis de luxo e em uma cobertura próxima ao Central Park, alugada por US$ 18 mil por mês. Um dos quartos do imóvel era à prova de som, pintado de vermelho, equipado com cruz, cama com amarras e dispositivo para choque elétrico.

Recrutamento e pagamentos

Segundo a denúncia, Rubin pagava geralmente US$ 5 mil por encontro — quantia que podia ser reduzida caso ficasse “insatisfeito” — e o esquema teria movimentado pelo menos US$ 1 milhão. As mulheres recebiam bebidas alcoólicas, diazepam e assinavam contratos restritivos antes dos encontros. Mesmo quando utilizavam a “palavra de segurança” para interromper a violência, o investidor continuava as agressões, chegando a amordaçá-las e prosseguir após perda de consciência.

Jennifer Powers, 45 anos, assistente de Rubin, é apontada como responsável por recrutar vítimas via internet e levá-las a Nova York. Ela também foi indiciada.

Mensagens e ameaças

Promotores apresentaram mensagens nas quais Rubin e a assistente discutiam detalhes das sessões, inclusive aplicação de choques nas genitais das vítimas. Há ainda referências a contratar um matador de aluguel na dark web para intimidar mulheres que moviam processos contra o investidor.

Histórico judicial

Rubin já havia sido acionado civilmente em 2017 por três mulheres da Flórida. Em 2022, um júri determinou indenização de US$ 750 mil a seis vítimas, e neste ano um juiz ordenou o pagamento de US$ 4,8 milhões em honorários advocatícios, valor que o réu recorreu após depositar quase US$ 10 milhões como garantia. Sua esposa, Mary J. Henry, pediu divórcio em 2021, após o surgimento das denúncias.

Situação atual

Na primeira audiência em Nova York, Rubin declarou-se inocente. A Justiça manteve prisão sem fiança, citando risco de fuga e recursos superiores a US$ 74 milhões nas Ilhas Cayman. A defesa ofereceu fiança de US$ 25 milhões, incluindo o apartamento da ex-esposa como garantia, proposta rejeitada pelo tribunal. As acusações de tráfico sexual e transporte interestadual preveem pena mínima de 15 anos. Rubin também responde por fraude bancária relacionada ao financiamento da casa de sua assistente no Texas.

Com informações de Gazeta do Povo