A polícia belga prendeu nesta terça-feira (2) a ex-chefe da diplomacia da União Europeia, Federica Mogherini, dentro de uma investigação sobre possível fraude em contratos financiados pelo bloco para a formação de jovens diplomatas. A ação foi confirmada pelo Gabinete do Procurador Público Europeu (EPPO).
Ao todo, três pessoas foram detidas. Além de Mogherini, estão sob custódia Stefano Sannino — secretário-geral do Serviço Europeu para a Ação Externa (SEAE) entre 2021 e 2024 e atual diretor-geral da Comissão Europeia — e um funcionário do departamento de formação executiva do Colégio da Europa, em Bruges, instituição que hoje tem Mogherini como reitora.
Mandados de busca foram cumpridos na sede do SEAE, em Bruxelas, e em prédios do Colégio da Europa. Segundo o EPPO, a apuração concentra-se em “fortes indícios” de violação das regras de concorrência na licitação realizada em 2021-2022 para gerir a Academia Diplomática da União Europeia. O órgão suspeita que informações confidenciais tenham sido repassadas à instituição vencedora antes do lançamento oficial do processo.
Em nota, o Colégio da Europa afirmou estar colaborando com as autoridades “no interesse da transparência” e reiterou o compromisso com os mais altos padrões de integridade, equidade e conformidade.
Com informações de Gazeta do Povo
