Washington – O FBI e a Promotoria Federal de Nova York identificaram mais de 1 milhão de documentos que podem estar relacionados ao caso Jeffrey Epstein, ampliando o volume de material sob revisão pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos.
O achado foi comunicado à pasta, que informou nesta quinta-feira (25.dez.2025) que equipes jurídicas trabalham ininterruptamente para analisar o conteúdo e aplicar as redações exigidas em lei, sobretudo para resguardar a identidade de vítimas. Apesar do esforço, o órgão admite que a liberação completa ainda deve levar algumas semanas.
A demora aumenta a pressão sobre o Departamento de Justiça, já que a Lei de Transparência dos Arquivos Epstein determinava a divulgação integral dos registros até 19 de dezembro. A norma, aprovada pelo Congresso e sancionada pelo então presidente Donald Trump, autoriza cortes apenas quando necessários para proteger vítimas ou investigações em andamento.
Os novos documentos surgem após a publicação, em lotes, de milhares de arquivos sobre o magnata que morreu numa prisão de Nova York em 2019, enquanto aguardava julgamento por tráfico sexual de menores. Parte do material já tornado público inclui vídeos, fotos, e-mails e relatórios investigativos, muitos deles com extensas tarjas pretas.
O número elevado de censuras tem sido alvo de críticas de parlamentares democratas e republicanos. Após o anúncio da descoberta, o principal democrata do Comitê de Supervisão da Câmara acusou a Casa Branca, em postagem na rede X, de reter ilegalmente os documentos. A tensão política cresce à medida que novas camadas do caso vêm à tona.
Até o momento, o governo não detalhou quantos dos mais de 1 milhão de arquivos serão divulgados nos próximos lotes nem estabeleceu um cronograma definitivo para a conclusão do processo.
Com informações de Gazeta do Povo