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EUA disparam mísseis Tomahawk e atingem campos do Estado Islâmico no noroeste da Nigéria

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Os Estados Unidos realizaram, na noite de Natal desta quinta-feira (25), um bombardeio contra posições do Estado Islâmico (EI) no estado de Sokoto, noroeste da Nigéria. Segundo o Pentágono, dez mísseis Tomahawk foram lançados de um navio da Marinha americana ancorado no Golfo da Guiné, atingindo “múltiplos” alvos próximos à fronteira com o Níger.

A operação foi divulgada primeiro pelo presidente Donald Trump em sua rede Truth Social. “Os Estados Unidos lançaram um ataque poderoso e mortal contra a escória terrorista do ISIS no noroeste da Nigéria”, escreveu o republicano, acrescentando que havia advertido o grupo sobre as consequências de continuar “massacrando cristãos”.

Minutos depois, o secretário de Defesa, Pete Hegseth, reforçou a mensagem no X (antigo Twitter): “O assassinato de cristãos inocentes na Nigéria deve acabar”.

Colaboração nigeriana

Na sexta-feira (26), o governo nigeriano confirmou ter cooperado com as forças americanas. O porta-voz das Forças Armadas, tenente-general Samaila Uba, afirmou que a ação “debilita a capacidade operacional dos terroristas” e foi planejada para reduzir danos colaterais. O Ministério das Relações Exteriores destacou que a parceria com Washington envolve troca de inteligência e coordenação estratégica “em conformidade com o direito internacional e o respeito à soberania”.

Autoridades do Departamento de Defesa dos EUA disseram ao Wall Street Journal que Abuja aprovou previamente os ataques. O Comando dos Estados Unidos para a África, responsável pela missão, informou que os alvos eram “campos conhecidos” do EI e que as informações de inteligência vieram de fontes americanas e nigerianas.

Pressão de Trump

Em novembro, Trump colocara a Nigéria na lista de países “de especial preocupação” por supostas violações à liberdade religiosa, acusando o governo local de permitir a perseguição a cristãos e ameaçando uma intervenção militar.

Desde 2009, o país enfrenta a violência do Boko Haram e, a partir de 2016, da facção Estado Islâmico da Província da África Ocidental (ISWAP). Juntos, os grupos jihadistas já mataram mais de 35 mil pessoas e provocaram cerca de 2,7 milhões de deslocamentos internos, de acordo com dados oficiais.

Com informações de Gazeta do Povo