Militares dos Estados Unidos confiscaram, nesta quarta-feira (10), um navio petroleiro que navegava nas proximidades da costa da Venezuela, informaram fontes ouvidas pelas agências Bloomberg e Reuters.
Segundo a Bloomberg, que citou integrantes do governo do então presidente Donald Trump envolvidos na operação, tratava-se de uma ação judicial contra uma embarcação sem bandeira declarada. A Reuters, que afirmou ter conversado com três autoridades norte-americanas, acrescentou que a apreensão foi conduzida pela Guarda Costeira dos EUA, sem divulgar o nome do navio, sua bandeira de registro ou o ponto exato da interceptação.
Em declaração na Casa Branca, Trump confirmou a manobra. “Acabamos de confiscar um petroleiro na costa da Venezuela, um grande petroleiro, muito grande, o maior já confiscado, na verdade”, disse o presidente, de acordo com a Associated Press (AP).
Pressão sobre as exportações de Caracas
O navio havia atracado pela última vez em portos venezuelanos e operava sob sanções norte-americanas, reforçando a estratégia de Washington para dificultar ainda mais as exportações de petróleo da Venezuela. Analistas ouvidos pela Bloomberg avaliam que a medida deve aumentar o receio de armadores e transportadoras em fechar negócios com Caracas.
Com as sanções em vigor, grande parte do petróleo venezuelano segue para a China, geralmente por meio de intermediários e com descontos elevados atribuídos ao risco das restrições impostas pelos EUA.
Escalada militar no Caribe
A apreensão ocorre em meio à significativa presença militar dos Estados Unidos no Caribe, onde Washington mantém tropas, forças especiais e porta-aviões de última geração. As operações incluem interceptações de embarcações que, segundo a Casa Branca, transportam drogas a partir da Venezuela. O governo Trump acusa o presidente Nicolás Maduro de chefiar uma organização ligada ao narcotráfico, acusação rejeitada por Caracas, que alega tratar-se de tentativa de mudança de regime.
Até o momento, não foram divulgadas informações sobre o destino do petroleiro apreendido nem sobre sua tripulação.
Com informações de Gazeta do Povo