10/12/2025 – 01h03
O cenário internacional registrou nova escalada de tensão em duas frentes centrais nesta quinta-feira (10). Na Europa, o presidente russo, Vladimir Putin, declarou que não recuará na guerra e que a região do Donbass “voltará ao controle da Rússia pela força”. Paralelamente, os Estados Unidos, sob o comando de Donald Trump, aumentaram a pressão sobre o governo de Volodymyr Zelensky, que admitiu a possibilidade de convocar eleições em até dois meses.
EUA, Rússia e guerra na Ucrânia
Putin reforçou que o Kremlin pretende assumir o território leste ucraniano mesmo diante de sanções e críticas ocidentais. Do lado norte-americano, Trump insiste em mudanças políticas em Kiev; após a cobrança, Zelensky sinalizou que poderia antecipar o pleito nacional. A reação europeia veio de Berlim: o governo alemão afirmou que “a Europa não precisa dos EUA para salvar a democracia”.
Pressão crescente sobre a Venezuela
Washington também voltou a mirar Nicolás Maduro. A Casa Branca informou que prepara “planos” para derrubar o líder venezuelano, enquanto Trump declarou que “os dias de Maduro estão contados”. Em resposta, um ministro de Caracas afirmou que o país “enfrentará os EUA com armas”. A Venezuela ainda anunciou a retirada do Tribunal Penal Internacional (TPI), corte que investiga denúncias contra o regime. Em meio ao clima de conflito, o Instituto Nobel cancelou uma coletiva com uma opositora venezuelana, alegando incertezas sobre a viagem dela à cerimônia.
Movimentações na América Latina
Na Argentina, o presidente Javier Milei abriu um novo período legislativo com base de apoio ampliada no Congresso. A Bolívia restabeleceu relações diplomáticas com Israel, rompidas em gestões socialistas anteriores. Em Cuba, um ex-aliado do líder Miguel Díaz-Canel foi condenado à prisão perpétua por traição. Já no Uruguai, autoridades apontam avanço do crime organizado formado por clãs familiares e alianças regionais.
Política interna dos EUA
Trump cogitou impor nova tarifa a produtos do México para proteger agricultores do Texas. O presidente também intensificou o uso do poder de perdão, com concessões crescentes em seu segundo mandato. No âmbito estadual, a Flórida seguiu o Texas e classificou uma organização muçulmana sediada nos EUA como grupo terrorista.
Debates e segurança na Europa
A Lituânia decretou estado de emergência após balões oriundos de Belarus violarem seu espaço aéreo. No debate ambiental da União Europeia, Alemanha, Itália e países aliados pediram que Bruxelas suspenda o plano de proibir a venda de carros a gasolina e diesel.
As declarações de líderes e as medidas adotadas em diferentes continentes evidenciam um ambiente internacional marcado por disputas militares, pressões econômicas e rearranjos diplomáticos.
Com informações de Gazeta do Povo