Home / Internacional / Deputado dos EUA ameaça aplicar “severas sanções” ao governo Lula após condenação de Bolsonaro

Deputado dos EUA ameaça aplicar “severas sanções” ao governo Lula após condenação de Bolsonaro

ocrente 1757639548
Spread the love

Washington, 11 de setembro de 2025 — O deputado norte-americano Carlos Gimenez (Partido Republicano) declarou que os Estados Unidos imporão “severas sanções” ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a seus aliados em razão da condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) a 27 anos e 3 meses de prisão pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF).

Em mensagem publicada na rede social X, o parlamentar afirmou que Lula e seus “comparsas” precisarão “recorrer aos amigos na Cuba comunista” quando as restrições entrarem em vigor. Gimenez, que nasceu em Cuba e se mudou para os EUA em 1960, classificou o julgamento de Bolsonaro como “perseguição política” conduzida por um “regime socialista”.

Reações de outros republicanos

A deputada Maria Elvira Salazar, também de origem cubana, descreveu a quinta-feira (11) como “um dia sombrio e vergonhoso para a democracia brasileira”. Já o secretário de Estado Marco Rubio afirmou que Washington “responderá de forma adequada” à decisão do STF — declaração reproduzida, em português, no perfil da Embaixada dos EUA no Brasil.

O ex-presidente Donald Trump, por sua vez, disse ter ficado “muito surpreso” com a sentença. “Eu assisti ao julgamento e achei Bolsonaro um bom presidente. É parecido com o que tentaram fazer comigo”, comentou.

Medidas já adotadas

Embora o governo americano não tenha detalhado novas ações, algumas restrições já estão em vigor:

  • Desde 6 de agosto, uma tarifa de 50% incide sobre importações brasileiras, exceto cerca de 700 itens, como suco de laranja e aeronaves civis.
  • No fim de julho, o Departamento do Tesouro sancionou economicamente o ministro do STF Alexandre de Moraes com base na Lei Magnitsky.
  • Antes disso, o Departamento de Estado revogou os vistos de Moraes, de aliados do tribunal e de familiares, impedindo sua entrada nos EUA.

A Casa Branca não informou quando ou como eventuais novas penalidades contra o governo Lula poderão ser aplicadas.

Com informações de Gazeta do Povo