O presidente da Argentina, Javier Milei, assinou nesta terça-feira, 30 de setembro, decreto que autoriza a entrada de militares dos Estados Unidos no país para um exercício combinado com as forças navais argentinas.
Segundo o documento, as manobras ocorrerão de 20 de outubro a 15 de novembro nas bases de Mar del Plata, Ushuaia e Puerto Belgrano, além de outros locais de treinamento marítimo e terrestre.
Justificativa do governo
O Executivo informou ter enviado previamente ao Congresso um projeto solicitando a permissão para a presença de tropas estrangeiras, prerrogativa prevista no artigo 75 da Constituição. Como a proposta ainda não foi analisada pelos parlamentares, o governo alegou “caráter excepcional” para recorrer ao decreto, argumentando que a ausência argentina no exercício “afetaria significativamente o adestramento naval em operações combinadas com a Marinha dos EUA”.
O texto destaca que o objetivo é “trocar procedimentos, técnicas e táticas” entre as forças especiais dos dois países para atuação em cenários complexos, que demandam coordenação multinacional, resposta imediata e uso de tecnologias avançadas. Também prevê o aprimoramento do planejamento, da preparação e da gestão de riscos em ações de combate e de assistência humanitária.
Relações bilaterais
A medida foi assinada no mesmo dia em que o Palácio Presidencial anunciou um novo encontro entre Milei e o presidente norte-americano, Donald Trump, marcado para 14 de outubro na Casa Branca. Os dois já haviam se reunido na semana anterior, em Nova York, durante a Assembleia Geral da ONU.
Milei tem classificado Estados Unidos e Israel como seus principais parceiros de política externa.
Com informações de Gazeta do Povo
