Havana, 18 set. 2025 – O governo de Cuba pediu nesta quinta-feira (18) que a comunidade internacional se organize contra o que chamou de “agressão” dos Estados Unidos, após o aumento da presença militar norte-americana no Caribe.
Em comunicado oficial, Havana afirmou que o deslocamento de forças dos EUA representa “uma tentativa de apoderar-se do petróleo venezuelano” e violaria os princípios da Carta das Nações Unidas. O texto alerta que uma intervenção direta contra a Venezuela teria “incalculáveis consequências” para a paz e a estabilidade regionais.
A chancelaria cubana concluiu o documento convocando governos e organizações a agir para “impedir a agressão” e preservar a América Latina e o Caribe como “Zona de Paz”, status proclamado por chefes de Estado da região em 2014.
Venezuela agradece apoio
O chanceler venezuelano, Yván Gil, agradeceu o apelo cubano em nome do presidente Nicolás Maduro. Segundo Gil, o contingente dos EUA busca “provocar um conflito militar contra a Venezuela” e coloca em risco “a vida e a paz de toda a região caribenha”. Ele também acusou Washington de atacar embarcações civis, resultando na morte de tripulantes.
Os Estados Unidos negam as acusações. A Casa Branca afirma que a operação tem como objetivo combater o narcotráfico. De acordo com autoridades norte-americanas, três barcos foram interceptados, dois deles atingidos por mísseis, ação que teria resultado na morte de 14 suspeitos.
Força militar americana
Atualmente, os EUA mantêm oito navios equipados com mísseis e um submarino de propulsão nuclear no Caribe, além de dez caças F-35 posicionados em uma base aérea em Porto Rico. O governo do presidente Donald Trump acusa Maduro de comandar o chamado “Cartel de los Soles”, organização que Washington classifica como terrorista e ligada ao narcotráfico. Caracas nega as acusações e diz que se trata de pretexto para uma intervenção.
Até o momento, não houve reação oficial da Casa Branca ao pedido cubano de mobilização internacional.
Com informações de Gazeta do Povo