Nações Unidas – O Conselho de Segurança da ONU aprovou, na noite de segunda-feira (17), uma resolução apresentada pelos Estados Unidos que institui a Força de Segurança Internacional (ISF, na sigla em inglês) para atuar na Faixa de Gaza até dezembro de 2027.
O texto recebeu 13 votos favoráveis e contou com as abstenções de China e Rússia. Baseada no plano de paz de 20 pontos do presidente norte-americano Donald Trump, a medida estabelece que a ISF atuará como força de aplicação da lei, com tarefas de proteção de civis, segurança das fronteiras com Israel e Egito, manutenção de corredores humanitários e treinamento de uma nova polícia palestina.
Mandato e estrutura
O mandato determina ainda que o contingente supervise a desmilitarização de Gaza, desmonte a infraestrutura usada por grupos armados e confisque arsenais ilegais. A resolução prevê a criação de um fundo fiduciário administrado pelo Banco Mundial para financiar a reconstrução do território.
Também está prevista a formação da Junta de Paz, órgão transitório que, segundo Washington, será presidido por Donald Trump e ficará responsável pela coordenação administrativa do enclave enquanto a Autoridade Palestina conduz reformas internas.
Reações
Na sessão, o embaixador dos EUA na ONU, Mike Waltz, afirmou que a iniciativa impede o Hamas de se reestruturar e garante condições mínimas para a população local. Representantes palestinos não participaram da reunião; Israel enviou seu embaixador ao debate.
A elaboração do texto contou com consultas a Catar, Egito, Emirados Árabes Unidos, Arábia Saudita, Turquia e Jordânia. Na semana anterior, Moscou havia apresentado um rascunho alternativo focado na solução de dois Estados, mas optou pela abstenção no pleito final.
Pelo aplicativo Truth Social, Donald Trump comemorou a aprovação e classificou a decisão como “momento verdadeiramente histórico”. Em contraponto, o Hamas divulgou comunicado no Telegram rejeitando a resolução, alegando que ela impõe tutela internacional sobre Gaza e pode comprometer a neutralidade da força.
Com informações de Gazeta do Povo