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Conselheira eleitoral de Honduras denuncia ameaças e não participa da abertura da votação

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Tegucigalpa — A conselheira Cossette López-Osorio, integrante do Conselho Nacional Eleitoral (CNE) de Honduras, afirmou ter sido ameaçada por apoiadores do governista Partido Liberal Revolucionário, de esquerda, antes do início das eleições gerais deste domingo (30).

Seguindo orientações de segurança, López-Osorio decidiu não comparecer à cerimônia de abertura de uma seção eleitoral para proteger a própria vida e a de seus familiares. Segundo ela, este é o primeiro episódio de intimidação que enfrenta em sua trajetória pública.

A conselheira sustenta que o objetivo dos grupos envolvidos é impedir sua participação nas etapas seguintes do processo eleitoral, criando tumultos que poderiam afastar eleitores. Ela solicitou apoio internacional e mencionou o colega de conselho Marlon Ochoa, além do Partido Liberal Revolucionário, como responsáveis pelas ameaças.

Mais de seis milhões dos cerca de dez milhões de habitantes do país estão aptos a votar nesta que é a 12ª eleição consecutiva desde a retomada da ordem constitucional, em 1980. As urnas devem ser encerradas às 17h (hora local, 20h de Brasília), e a divulgação dos resultados preliminares está prevista para quatro horas depois.

OEA cobra neutralidade das Forças Armadas

O chefe da Missão de Observação Eleitoral da Organização dos Estados Americanos (OEA), o ex-chanceler paraguaio Eladio Loizaga, pediu aos militares hondurenhos que mantenham o “papel apolítico e não deliberativo” estabelecido no artigo 272 da Constituição.

O apelo veio após o chefe do Estado-Maior Conjunto, general Roosevelt Hernández, solicitar ao CNE uma cópia da ata de apuração com os resultados presidenciais ainda no dia da votação — pedido que a presidente do CNE, Ana Paola Hall, classificou como “interferência”.

Loizaga conclamou a população a participar “massiva e pacificamente” do pleito e pediu a todos os atores políticos que respeitem a vontade dos eleitores e aguardem os resultados oficiais.

Com informações de Gazeta do Povo