Home / Internacional / Pequim exige retirada imediata de sistema de mísseis dos EUA instalado no Japão

Pequim exige retirada imediata de sistema de mísseis dos EUA instalado no Japão

ocrente 1758247357
Spread the love

Pequim — O Ministério das Relações Exteriores da China pediu, nesta terça-feira (16), a remoção imediata do sistema de mísseis Typhon que os Estados Unidos posicionaram em uma base militar no Japão para exercícios conjuntos.

Em pronunciamento oficial, o porta-voz Lin Jian afirmou que a presença do equipamento de alcance intermediário “compromete os legítimos interesses de segurança de outros países, eleva o risco de corrida armamentista e de confrontos militares na região e constitui ameaça substancial à segurança estratégica regional”.

O sistema, capaz de lançar mísseis de cruzeiro Tomahawk, foi deslocado para a base do Corpo de Fuzileiros Navais norte-americano em Iwakuni, província de Yamaguchi. A operação integra o exercício anual Resolute Dragon, conduzido por tropas dos EUA e do Japão desde 11 de setembro.

Segundo Lin, Washington e Tóquio “insistem em instalar” o Typhon no território japonês “sob o pretexto de exercícios e treinamentos”, apesar das “sérias preocupações” de Pequim. Ele declarou que ambos os países “devem respeitar” as inquietações de segurança de outras nações e “corrigir práticas equivocadas”.

O porta-voz também evocou o passado militar do Japão, lembrando que, “devido à sua história de agressão”, os movimentos de defesa do país são observados de perto pelos vizinhos asiáticos e pela comunidade internacional. No ano em que se recorda o 80º aniversário da vitória chinesa na chamada Guerra de Resistência contra a agressão japonesa, Lin pediu que Tóquio “refletisse profundamente” sobre seu passado e evitasse “auxiliar atos maléficos”.

Apesar das críticas, o governo japonês segue fortalecendo suas capacidades defensivas diante da crescente presença militar chinesa no Indo-Pacífico. O arquipélago abriga milhares de militares norte-americanos e diversas instalações estratégicas desde o fim da Segunda Guerra Mundial.

Com informações de Gazeta do Povo