Pequim — O Ministério das Relações Exteriores da China pediu, nesta terça-feira (16), a remoção imediata do sistema de mísseis Typhon que os Estados Unidos posicionaram em uma base militar no Japão para exercícios conjuntos.
Em pronunciamento oficial, o porta-voz Lin Jian afirmou que a presença do equipamento de alcance intermediário “compromete os legítimos interesses de segurança de outros países, eleva o risco de corrida armamentista e de confrontos militares na região e constitui ameaça substancial à segurança estratégica regional”.
O sistema, capaz de lançar mísseis de cruzeiro Tomahawk, foi deslocado para a base do Corpo de Fuzileiros Navais norte-americano em Iwakuni, província de Yamaguchi. A operação integra o exercício anual Resolute Dragon, conduzido por tropas dos EUA e do Japão desde 11 de setembro.
Segundo Lin, Washington e Tóquio “insistem em instalar” o Typhon no território japonês “sob o pretexto de exercícios e treinamentos”, apesar das “sérias preocupações” de Pequim. Ele declarou que ambos os países “devem respeitar” as inquietações de segurança de outras nações e “corrigir práticas equivocadas”.
O porta-voz também evocou o passado militar do Japão, lembrando que, “devido à sua história de agressão”, os movimentos de defesa do país são observados de perto pelos vizinhos asiáticos e pela comunidade internacional. No ano em que se recorda o 80º aniversário da vitória chinesa na chamada Guerra de Resistência contra a agressão japonesa, Lin pediu que Tóquio “refletisse profundamente” sobre seu passado e evitasse “auxiliar atos maléficos”.
Apesar das críticas, o governo japonês segue fortalecendo suas capacidades defensivas diante da crescente presença militar chinesa no Indo-Pacífico. O arquipélago abriga milhares de militares norte-americanos e diversas instalações estratégicas desde o fim da Segunda Guerra Mundial.
Com informações de Gazeta do Povo