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Pequim desaconselha viagens ao Japão após declaração de primeira-ministra japonesa sobre Taiwan

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O Ministério das Relações Exteriores da China emitiu, nesta sexta-feira (15), um alerta para que cidadãos chineses evitem viajar ao Japão, escalonando a tensão diplomática entre os dois países. O foco da crise são as declarações da nova primeira-ministra do Japão, Sanae Takaichi, que classificou um eventual ataque chinês a Taiwan como ameaça à sobrevivência nacional japonesa.

Em comunicado citado pela emissora norte-americana CNN, a chancelaria chinesa afirmou que as palavras de Takaichi sobre Taiwan — ilha que Pequim considera parte de seu território desde 1949 — “prejudicaram ainda mais o ambiente de intercâmbio entre os dois povos” e geraram “riscos adicionais à segurança dos cidadãos chineses no Japão”.

Logo após a recomendação, companhias aéreas chinesas anunciaram políticas de reembolso integral ou remarcação gratuita para passageiros que já possuíam bilhetes com destino ao território japonês, segundo a rede estatal CCTV.

Causa da disputa

A tensão teve início quando, em sessão no Parlamento japonês, Takaichi declarou que qualquer investida militar de Pequim contra Taiwan configuraria uma situação de perigo existencial para o Japão, o que poderia motivar resposta militar de Tóquio.

A fala provocou reação imediata do cônsul-geral da China em Osaka, Xue Jian, que escreveu na rede social X (antigo Twitter) que “o pescoço sujo que se intromete deve ser cortado”, em referência à chefe de governo japonesa. A publicação foi apagada, mas o episódio levou ambos os países a convocar os respectivos embaixadores nesta semana.

Até o momento, não há previsão de quando o alerta de viagem será revisado, nem de novos contatos diplomáticos de alto nível para reduzir a tensão entre Pequim e Tóquio.

Com informações de Gazeta do Povo