Pequim, 22 dez. 2025 – O Ministério das Relações Exteriores da China acusou nesta segunda-feira (22) os Estados Unidos de violarem o direito internacional após a apreensão de um segundo navio que transportava petróleo da Venezuela.
Em coletiva de imprensa, o porta-voz Lin Jian declarou que Pequim “se opõe firmemente a sanções unilaterais ilegais sem base no direito internacional e não autorizadas pelo Conselho de Segurança da ONU”. Segundo ele, “a Venezuela tem o direito de realizar comércio legítimo com outros países”.
Sequência de bloqueios
Na terça-feira passada (16), o presidente norte-americano Donald Trump anunciou um bloqueio total a petroleiros listados em sanções que entrem ou saiam do território venezuelano.
Antes do anúncio oficial, em 10 de dezembro, os EUA já haviam apreendido o petroleiro Skipper. No sábado (20), a Guarda Costeira interceptou o navio Centuries em águas internacionais próximas à costa venezuelana. Autoridades norte-americanas também procuram o petroleiro Bella 1, que seguia rumo à Venezuela para embarcar petróleo.
Posicionamento chinês
Lin Jian afirmou que Pequim rejeita “qualquer ato que contrarie os propósitos e princípios da Carta da ONU, atente contra a soberania ou ameace a segurança de outros Estados”. O porta-voz acrescentou que a “comunidade internacional compreende e apoia a posição da Venezuela na defesa de seus direitos e interesses legítimos”.
O governo de Nicolás Maduro, aliado da China e da Rússia, classificou as apreensões norte-americanas como “pirataria”.
Com informações de Gazeta do Povo