Nova York – O ministro das Relações Exteriores da Venezuela, Yván Gil, afirmou nesta sexta-feira (26) que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, “atacou” a Carta das Nações Unidas em seu discurso na Assembleia Geral, no último dia 23, e que a atual operação militar norte-americana no Caribe tem como objetivo “apropriar-se dos recursos naturais da Venezuela” e promover mudança de regime no país sul-americano.
Gil fez as declarações durante reunião do Grupo de Amigos em Defesa da Carta das Nações Unidas, realizada em Nova York e transmitida pela emissora estatal venezuelana VTV. Segundo o chanceler, Trump “zombou de todas e cada uma das normas” de convivência internacional estabelecidas há 80 anos, ao fazer ameaças de uso da força e de novas sanções econômicas contra Estados soberanos.
No fim de agosto, Washington enviou oito navios de guerra e um submarino nuclear para águas próximas à Venezuela com a justificativa de combater o tráfico de drogas rumo aos EUA. Dias depois, caças F-35 foram deslocados para um aeródromo em Porto Rico para apoiar as mesmas operações. Pelo menos quatro embarcações carregadas com entorpecentes foram destruídas por forças norte-americanas no Mar do Caribe desde o início de setembro.
O governo de Nicolás Maduro respondeu com mobilizações militares e endureceu a retórica contra os Estados Unidos. Nesta sexta-feira, Gil voltou a classificar a presença norte-americana como “desculpa” para intervenção e repetiu que a iniciativa “não tem outro objetivo além de se apropriar dos recursos naturais da Venezuela”.
Durante o pronunciamento na ONU, Trump declarou que as Forças Armadas dos Estados Unidos passaram a “destruir terroristas venezuelanos e redes de tráfico lideradas por Nicolás Maduro”, advertindo que pretende “exterminá-los”.
Com informações de Gazeta do Povo