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Chanceler israelense responsabiliza governo britânico por atentado a sinagoga em Manchester

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Brasília – O ministro das Relações Exteriores de Israel, Gideon Sa’ar, atribuiu ao governo trabalhista do primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, a responsabilidade pelo ataque antissemita que deixou duas pessoas mortas – além do agressor – e quatro feridas em uma sinagoga de Manchester nesta quinta-feira, 2 de outubro.

Em mensagem publicada na rede social X, Sa’ar afirmou que a “incitação antissemita e anti-Israel, flagrante e desenfreada”, tornou-se um “fenômeno generalizado” nas ruas do Reino Unido e em campi universitários. Segundo ele, as autoridades britânicas “não tomaram as medidas necessárias para conter essa onda tóxica” e, na prática, permitiram que ela prosperasse.

“Esperamos mais do que palavras do governo Starmer. Esperamos e exigimos uma mudança de rumo, ações efetivas e medidas coercitivas contra a incitação antissemita e anti-Israel”, escreveu o chanceler israelense.

Starmer declarou-se “horrorizado” com o atentado, ressaltando que o crime ocorreu em pleno Yom Kippur, uma das datas mais importantes do calendário judaico. O governo do Reino Unido determinou reforço do policiamento em áreas próximas a sinagogas em todo o país.

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, também se manifestou. Para ele, “a fraqueza diante do terrorismo só traz mais terrorismo”, e “somente força e unidade podem derrotá-lo”. A declaração foi divulgada pelo gabinete do premiê.

O episódio ocorre em meio a crescentes tensões diplomáticas entre Londres e Jerusalém. Em junho, Reino Unido, Austrália, Canadá, Nova Zelândia e Noruega proibiram a entrada dos ministros israelenses Itamar Ben-Gvir (Segurança Nacional) e Bezalel Smotrich (Finanças) e congelaram seus bens, acusando-os de incitar violência extremista e cometer abusos contra palestinos na Cisjordânia. Em setembro, o governo britânico vetou a participação de autoridades israelenses em uma feira de defesa realizada na capital.

O ponto alto do atrito foi alcançado na semana passada, quando o Reino Unido e outros nove países reconheceram oficialmente o Estado palestino – decisão que o governo israelense classificou como “recompensa” ao grupo terrorista Hamas pelos ataques de 7 de outubro de 2023.

Com informações de Gazeta do Povo