Reportagem do Wall Street Journal publicada nesta quarta-feira (22.out.2025) afirma que o governo dos Estados Unidos, chefiado pelo presidente Donald Trump, suspendeu as restrições que limitavam o emprego de armamentos de longo alcance fornecidos por aliados ocidentais à Ucrânia. Com a mudança, Kiev estaria autorizada a atacar alvos dentro da Rússia.
Segundo o jornal, a medida engloba o míssil britânico Storm Shadow, capaz de atingir objetivos a cerca de 290 quilômetros. Fontes ouvidas pela publicação disseram que o sistema já foi utilizado na terça-feira (21.out) contra uma instalação militar na região de Briansk, oeste russo, dedicada à produção de explosivos e combustível para foguetes. O Estado-Maior das Forças Armadas ucranianas classificou a operação como “bem-sucedida”, alegando que as defesas aéreas russas foram superadas.
De acordo com o WSJ, a competência para aprovar ações desse tipo deixou de ser do secretário da Guerra, Pete Hegseth, passando ao comandante das forças norte-americanas na Europa, general Alexus Grynkewich, que também lidera o comando militar da OTAN.
Contexto diplomático
A retirada das restrições ocorre em meio ao impasse entre Washington e Moscou sobre um possível cessar-fogo. Na terça-feira, a Casa Branca informou que, por ora, não há previsão de novo encontro entre Trump e o presidente russo, Vladimir Putin. A reunião, prevista para Budapeste, foi suspensa após conversa tensa entre o secretário de Estado, Marco Rubio, e o chanceler russo, Serguei Lavrov.
Embora o governo norte-americano ainda não tenha liberado o envio de mísseis Tomahawk — de alcance superior —, o compartilhamento de inteligência sobre alvos estratégicos foi ampliado. Analistas ouvidos pela imprensa dos EUA avaliam que esse apoio eleva a capacidade da Ucrânia de atingir infraestrutura militar e energética em solo russo.
Negações de Trump
Pela rede Truth Social, Donald Trump refutou a reportagem. Ele classificou a notícia como “fake news” e afirmou que os Estados Unidos “não têm nada a ver” com os mísseis ou com a forma como a Ucrânia os utiliza.
Com informações de Gazeta do Povo