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Casa Branca concentra pressão na Venezuela por petróleo, indica New York Times

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O governo dos Estados Unidos tem direcionado sua ofensiva contra a Venezuela principalmente às vastas reservas de petróleo do país sul-americano, e não ao combate ao narcotráfico ou à derrubada do presidente Nicolás Maduro, informou o The New York Times. A publicação sustenta que a atenção de Washington se volta para a exploração dos recursos naturais venezuelanos, avaliados em cifras trilionárias.

Para embasar a afirmação, o jornal citou um discurso da opositora María Corina Machado — vencedora do Prêmio Nobel da Paz de 2025 — durante uma conferência empresarial em Miami, realizada no mês passado. Diante de executivos e políticos norte-americanos, entre eles o presidente Donald Trump, Machado descreveu a Venezuela como uma “oportunidade de US$ 1,7 trilhão”, destacando reservas de petróleo e gás, além de recursos minerais e infraestrutura energética.

Na ocasião, a líder opositora afirmou que os venezuelanos estariam “dispostos a abrir tudo — exploração, transporte e refino — para todas as empresas”. Segundo o Times, esse apelo encontra eco nos bastidores da Casa Branca. Assessores de Trump teriam mantido conversas reservadas tanto com representantes do regime chavista quanto com aliados de Machado, focados no potencial energético do país, que possui as maiores reservas de petróleo comprovadas do planeta.

Bloqueio a petroleiros

Em 16 de dezembro, Trump ordenou o “bloqueio total e completo de todos os petroleiros sancionados que entrem e saiam da Venezuela”, escalada que amplia a pressão econômica sobre Caracas. Pelo Truth Social, o republicano declarou que a nação vizinha “está cercada” pela “maior armada já reunida na história da América do Sul” e prometeu agitação “como nunca antes” até que “devolvam todo o petróleo, as terras e outros ativos que roubaram previamente” dos Estados Unidos.

As novas restrições somam-se a rodadas anteriores de sanções adotadas por Washington desde 2019, reforçando o cerco financeiro ao governo Maduro. Para analistas ouvidos pelo Times, a estratégia visa forçar concessões que garantam participação de empresas americanas no setor de energia venezuelano caso haja transição política.

Com informações de Gazeta do Povo