A administração do presidente Donald Trump determinou que as Forças Armadas dos Estados Unidos concentrem quase toda a sua atuação no bloqueio econômico à Venezuela, informou a agência Reuters nesta quarta-feira (24). A orientação, repassada por um alto funcionário do governo sob condição de anonimato, prioriza o endurecimento das sanções contra o país sul-americano antes de qualquer ação militar direta.
De acordo com a fonte, Washington quer manter a “quarentena” sobre o petróleo venezuelano por, pelo menos, dois meses. O objetivo é aumentar a pressão sobre o governo de Nicolás Maduro e forçá-lo a aceitar concessões consideradas essenciais pela Casa Branca. O mesmo interlocutor avaliou que Caracas pode enfrentar um colapso econômico até o fim de janeiro caso não ceda.
A nova diretriz reduz, no curto prazo, a probabilidade de uma ofensiva terrestre, possibilidade que vinha sendo mencionada pelo próprio Trump em declarações recentes. “A opção militar continua sobre a mesa, mas, primeiro, vamos usar todo o peso das sanções”, frisou o funcionário.
Na segunda-feira (22), durante evento na Casa Branca, Trump afirmou que a saída “mais inteligente” para Maduro seria renunciar. Ele advertiu que “haverá consequências” caso o líder venezuelano insista em permanecer no poder. Um dia depois, os Estados Unidos notificaram o Conselho de Segurança da ONU de que aplicarão as punições a Maduro “na máxima extensão permitida”.
Como parte da estratégia de cerco, a Guarda Costeira norte-americana aguarda reforços para abordar e apreender um terceiro navio-petroleiro ligado a Caracas, acrescentou a Reuters.
Com informações de Gazeta do Povo
