Movimentos e partidos de direita vêm ganhando fôlego na Europa, nas Américas e nos Estados Unidos, impulsionados por protestos de rua e resultados eleitorais que escancaram a frustração popular com temas como criminalidade, crise econômica e pressão migratória.
Europa vê ruas cheias contra imigração
Cidades europeias registram atos numerosos contra a imigração ilegal. Em Londres, uma manifestação em agosto reuniu milhares de pessoas contrárias ao fluxo migratório descontrolado e às políticas de um governo trabalhista. Mobilizações semelhantes ocorreram na Holanda e na Alemanha, aumentando a visibilidade de legendas conservadoras que criticam a abordagem de partidos de esquerda e centro-esquerda.
América Latina reage à insegurança
No continente latino-americano, a principal fagulha é o avanço do crime organizado. No México, protestos massivos pedem a queda da presidenta socialista, acusada de falhar no combate aos cartéis. O clima favorece candidatos de direita, fenômeno já perceptível em várias urnas e pesquisas.
Entre os exemplos citados estão:
- Bolívia: eleição do presidente de centro-direita Rodrigo Paz;
- Argentina: vitória expressiva do partido de Javier Milei nas legislativas;
- Chile: José Antonio Kast e a direita lideram a corrida presidencial;
- Equador e Paraguai: governos adotam leis de segurança mais rígidas, alinhadas a pautas conservadoras.
Peso eleitoral nos Estados Unidos
Nos EUA, levantamentos como o do Washington Post apontam que a maioria dos entrevistados confia mais no Partido Republicano para lidar com crime, imigração e economia — justamente as maiores preocupações do eleitorado. Esse cenário desgasta as propostas democratas e impulsiona a agenda conservadora para 2026.
Desgaste das pautas progressistas
Analistas ouvidos pelo levantamento atribuem a guinada a um cansaço global com políticas progressistas, vistas como incapazes de oferecer respostas efetivas à violência, à instabilidade econômica e às questões de soberania. Ao centrar o discurso nesses pontos, partidos de direita encontram terreno fértil junto a um público que se sente negligenciado pelos governos atuais.
O movimento, observado em diferentes calendários eleitorais e protestos recentes, sinaliza que a busca por segurança, estabilidade financeira e controle das fronteiras permanece no centro do debate político internacional.
Com informações de Gazeta do Povo