Home / Internacional / Anúncio em grandes jornais cobra de Lula apoio a reféns e judeus brasileiros

Anúncio em grandes jornais cobra de Lula apoio a reféns e judeus brasileiros

ocrente 1760338069
Spread the love

São Paulo – A organização StandWithUs Brasil veiculou neste domingo (12) um anúncio de página inteira nos impressos Folha de S.Paulo, O Estado de S. Paulo e O Globo para pressionar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a se posicionar de forma mais contundente em defesa de reféns israelenses e da comunidade judaica brasileira, passados dois anos do início da guerra entre Israel e Hamas.

O texto da entidade aponta omissão do governo em diferentes frentes: ausência de encontros de Lula com sobreviventes do ataque de 7 de outubro de 2023, falta de reuniões com familiares de brasileiros mortos, negativa em classificar o Hamas como grupo terrorista e falta de diálogo com líderes judaicos no país. “Dois anos em que assistimos ao aumento do antissemitismo no Brasil sem nenhuma ação efetiva do governo”, diz a peça publicitária.

Na mesma mensagem, a StandWithUs destaca que o Brasil abriga cerca de 120 mil judeus e afirma ser “urgente demonstrar que a luta pela diversidade abrange judias e judeus brasileiros”, lembrando que “a defesa das minorias não pode ser apenas um discurso eleitoral”.

Entidade reforça cobrança nas redes

Em publicação no Instagram, a organização reiterou que o presidente recusou pedidos de encontro com parentes de vítimas do Hamas e com representantes da comunidade judaica. A postagem também menciona “discursos problemáticos” do chefe do Executivo em relação aos judeus no país.

Ao jornal Gazeta do Povo, o cientista político e presidente-executivo da StandWithUs Brasil, André Lajst, declarou que o grupo busca ser ouvido: “Dois anos depois do pior assassinato em massa de judeus desde o Holocausto, a comunidade judaica brasileira segue à espera de apoio do presidente”. Segundo ele, o anúncio nos principais jornais é um “apelo para que vozes judaicas sejam ouvidas e consideradas”.

Famílias de vítimas também criticam governo

A cobrança não parte apenas da entidade. Rafael Azamor, representante do Fórum das Famílias dos Sequestrados e Desaparecidos para o Brasil, disse à Gazeta do Povo que os esforços diplomáticos de Brasília foram “pouco percebidos”. Ele citou o caso de Michel Nisenbaum, brasileiro-israelense sequestrado e morto em 7 de outubro de 2023, cujos parentes afirmam não ter recebido retorno oficial após a confirmação da morte.

Além de Nisenbaum, outros três brasileiros morreram no ataque ao festival Nova, no sul de Israel: Bruna Valeanu e Ranani Glazer, ambos de 24 anos, e Karla Stelzer, de 42.

A Presidência da República ainda não se manifestou sobre a cobrança pública feita pela StandWithUs Brasil.

Com informações de Gazeta do Povo