Washington (EUA) – Um lote de documentos liberado pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos (DOJ) sobre o caso Jeffrey Epstein inclui a expressão “grande grupo brasileiro”, segundo registros manuscritos produzidos pelo FBI em 2 de maio de 2019.
A referência foi identificada inicialmente pela BBC News e aparece ao lado da frase “amigos dos amigos de”, cujo restante está encoberto por tarja de sigilo. O contexto sugere um possível esquema de transporte de mulheres ou menores para exploração sexual: na mesma página há anotações sobre uma “dominicana de pele escura – parece amazônica” e que “JE [provavelmente Jeffrey Epstein] não queria garota espanhola ou de pele escura”.
Outras páginas manuscritas citam “uma modelo que acabou de chegar do Brasil” e observam que determinada pessoa “voltou ao Brasil”.
Prazo legal e nova leva de arquivos
Na sexta-feira (19), venceu o prazo fixado por lei aprovada pelo Congresso dos EUA e sancionada pelo então presidente Donald Trump para a divulgação integral dos processos federais contra Epstein, que se suicidou na prisão em 2019 enquanto aguardava julgamento por tráfico sexual.
Somente parte do material foi publicada na data-limite, o que gerou críticas de parlamentares democratas. Nesta terça-feira (23), o DOJ disponibilizou cerca de 30 mil páginas adicionais e classificou como “falsas e sensacionalistas” as menções a Trump contidas nos papéis.
Os documentos continuam a ser examinados por jornalistas, investigadores e advogados das vítimas.
Com informações de Gazeta do Povo
