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Almirante nega a parlamentares que secretário de Guerra de Trump tenha ordenado “matar todos”

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Washington – Em audiência reservada nesta quinta-feira (4) no Capitólio, o almirante Frank Mitch Bradley afirmou a congressistas norte-americanos não ter recebido orientação do secretário de Guerra, Pete Hegseth, para “matar todos” durante ataque a uma embarcação suspeita de tráfico de drogas no Mar do Caribe, em 2 de setembro.

Bradley comandou a operação e, segundo o senador republicano Tom Cotton, presidente do Comitê de Inteligência do Senado, foi “muito claro” ao negar qualquer ordem para executar sobreviventes. “Ele recebeu uma ordem que, obviamente, foi escrita com muitos detalhes”, declarou Cotton após a reunião a portas fechadas.

O episódio ganhou repercussão após reportagem do The Washington Post, publicada em 28 de novembro, relatar que dois ocupantes teriam resistido ao primeiro bombardeio e ficado agarrados aos destroços. Fontes ouvidas pelo jornal sustentaram que, para cumprir suposta determinação de Hegseth, Bradley teria ordenado um segundo ataque com o objetivo de eliminar os sobreviventes.

No fim de semana, a bordo do Air Force One, o então presidente Donald Trump disse que o caso seria investigado, mas ressaltou acreditar “100%” na negativa de Hegseth sobre a ordem de execução.

Parlamentares do Partido Democrata permaneceram céticos após assistirem ao vídeo do ataque durante a sessão reservada. “Foi uma das coisas mais perturbadoras que já vi no serviço público”, afirmou o deputado Jim Himes. “Há dois indivíduos em clara situação de perigo, sem qualquer meio de locomoção, cuja embarcação foi destruída, que foram mortos pelos Estados Unidos.”

A operação antinarcóticos conduzida pelos Estados Unidos no Caribe e no Pacífico soma, até agora, 21 ataques contra 22 embarcações, resultando em 83 mortes, segundo números apresentados a congressistas.

Com informações de Gazeta do Povo