Home / Política / Haddad chama Bolsonaro de subserviente e condiciona conversa entre Lula e Trump a acordo prévio

Haddad chama Bolsonaro de subserviente e condiciona conversa entre Lula e Trump a acordo prévio

rss featured 14545 1753792233

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), afirmou nesta terça-feira (29) que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi “o presidente mais subserviente da história do Brasil” e declarou que um eventual diálogo entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente norte-americano Donald Trump só ocorrerá após ajustado um protocolo diplomático.

Segundo Haddad, a equipe do vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Geraldo Alckmin (PSB), o chanceler Mauro Vieira e senadores brasileiros que estão em Washington trabalham na preparação de um encontro destinado a discutir a tarifa de 50% que os Estados Unidos pretendem impor a produtos importados a partir de sexta-feira (1º).

“Quando dois chefes de Estado vão conversar, há uma preparação para que nenhum país se subordine ao outro. O Brasil é grande e soberano”, declarou o ministro ao chegar ao Ministério da Fazenda, em Brasília.

Tarifas e plano de contingência

Haddad afirmou não estar preocupado com a data de início da nova taxação, ressaltando que a medida não se dirige exclusivamente ao Brasil. Ele citou a “trajetória de mais de 200 anos” de relações diplomáticas entre os dois países.

Na segunda-feira (28), Haddad e Alckmin apresentaram a Lula um plano de contingência para amparar empresas brasileiras que possam ser afetadas pela tarifa. De acordo com o ministro, caberá ao presidente definir “escala, montante, oportunidade, conveniência e data” de adoção das ações propostas.

Haddad chama Bolsonaro de subserviente e condiciona conversa entre Lula e Trump a acordo prévio - Imagem do artigo original

Imagem: Valter Campanato via gazetadopovo.com.br

Posicionamento de Lula

Também na segunda (28), Lula suavizou o tom das críticas aos Estados Unidos e disse esperar que Trump “reflita a importância do Brasil”. O presidente defendeu que eventuais divergências sejam tratadas “sentando à mesa”, sem medidas “abruptas e individuais”.

O governo ainda não cogita negociar formalmente antes de a tarifa entrar em vigor, mas busca manter canais abertos para evitar um ambiente hostil, conforme explicou Haddad.

Com informações de Gazeta do Povo