Home / Internacional / Governo Trump determina destruição de contraceptivos destinados a zonas de crise

Governo Trump determina destruição de contraceptivos destinados a zonas de crise

rss featured 14549 1753793596

A administração do presidente Donald Trump informou que irá destruir estoques de contraceptivos que se encontram na Europa e que seriam encaminhados a áreas de conflito e campos de refugiados como parte da ajuda externa financiada pelos Estados Unidos.

Em nota encaminhada à emissora NPR, o Departamento de Estado declarou que cerca de US$ 167 mil serão gastos para eliminar parte dos materiais em uma instalação francesa especializada em resíduos médicos. Segundo o órgão, “apenas um número limitado de produtos foi aprovado para descarte”.

Entre os itens estão pílulas anticoncepcionais e métodos contraceptivos implantáveis usados na prevenção da gravidez. O governo classificou esses produtos como “anticoncepcionais abortivos”, justificando a decisão.

De acordo com reportagem publicada pelo The Guardian em 18 de julho, os contraceptivos encontram-se armazenados em Geel, na Bélgica. O governo belga afirmou que tentou, sem sucesso, evitar a destruição ao recorrer à Embaixada dos EUA em Bruxelas.

Os suprimentos foram adquiridos durante a gestão do democrata Joe Biden por meio de contratos da agência USAID, posteriormente desmontada pelo atual governo. O material seria distribuído a mulheres de países de baixa renda, especialmente na África Subsaariana.

Governo Trump determina destruição de contraceptivos destinados a zonas de crise - Imagem do artigo original

Imagem: Isabella de Paula via gazetadopovo.com.br

A decisão se apoia na chamada “Política da Cidade do México”, criada em 1984 pelo então presidente Ronald Reagan e restabelecida por Trump no início de seu segundo mandato. A diretriz impede organizações estrangeiras que recebem recursos dos EUA de oferecer serviços relacionados ao aborto.

A iniciativa provocou críticas de parlamentares de esquerda na França, onde os contraceptivos serão incinerados. Em carta aberta ao presidente Emmanuel Macron, deputadas francesas alegaram que o país “não pode se tornar cúmplice, mesmo indiretamente, de políticas retrógradas, nem tolerar que recursos médicos vitais sejam destruídos”.

Com informações de Gazeta do Povo