O Ministério das Relações Exteriores divulgou, nesta segunda-feira, 11, nota oficial em que condena a morte de seis jornalistas durante um bombardeio na Faixa de Gaza, na noite de 10 de agosto. O governo brasileiro atribui o ataque às forças israelenses e classifica o episódio como “flagrante violação do direito internacional humanitário e da liberdade de imprensa”.
Segundo o comunicado, os profissionais de comunicação estavam em uma tenda próxima ao hospital Al-Shifa, na Cidade de Gaza, quando foram atingidos por uma ofensiva aérea. O Itamaraty afirma que o caso eleva para mais de 240 o número de jornalistas mortos no território desde o início do conflito.
O governo brasileiro pediu que Israel garanta condições para que repórteres exerçam suas atividades “livremente e em segurança” e suspenda as restrições de acesso impostas à imprensa internacional.
Outros posicionamentos recentes
Dois dias antes, no sábado, 9, o Itamaraty já havia criticado a decisão de Tel Aviv de ampliar a ofensiva militar em Gaza, incluindo nova incursão na capital do enclave. A chancelaria avaliou que a medida tende a agravar a “catastrófica situação humanitária” da população palestina, marcada por mortes, deslocamento forçado, destruição e fome.
No mesmo texto, o ministério reiterou que Gaza integra o Estado da Palestina, cobrou a retirada “completa e imediata” das tropas israelenses, defendeu um cessar-fogo permanente, a libertação de todos os reféns e a entrada irrestrita de ajuda humanitária.
Desde o início do terceiro mandato de Luiz Inácio Lula da Silva, em 2023, o Planalto tem adotado tom crítico em relação a Israel, o que já gerou atritos diplomáticos. Em 2024, o presidente foi declarado persona non grata pelo governo israelense após declarações consideradas ofensivas.
Com informações de Revista Oeste