O evangelista norte-americano Franklin Graham afirmou, no último fim de semana, que a comunidade internacional “permanece calada” frente à intensificação da violência contra cristãos na África. Segundo ele, grupos jihadistas têm conduzido ofensivas sistemáticas principalmente na República Democrática do Congo (RDC) e na Nigéria, países que ocupam, respectivamente, a 35ª e a 7ª posições na Lista Mundial da Perseguição 2025, elaborada pela Missão Portas Abertas.
“Enquanto os noticiários tratam de tarifas e outros temas, quase não se fala sobre o massacre de cristãos na RDC”, escreveu Graham, presidente da Associação Evangelística Billy Graham. O líder religioso conclamou fiéis em todo o mundo a intercederem pelos perseguidos: “Juntem-se a mim em oração por esses cristãos”.
Ataques na República Democrática do Congo
Entre os episódios recentes lembrados pelo evangelista está o ataque ocorrido em julho na cidade de Komanda, no leste congolês. De acordo com a Missão Portas Abertas, 49 pessoas que participavam de uma vigília foram assassinadas. Informações repassadas à emissora norte-americana Fox News indicam que nove crianças foram decapitadas. A ação foi atribuída às Forças Democráticas Aliadas (ADF), facção alinhada ao Estado Islâmico e conhecida por hostilizar comunidades cristãs.
Outro episódio citado por Graham aconteceu em fevereiro, na região de Kasanga. Militantes da ADF teriam sequestrado e executado pelo menos 70 cristãos com facões e martelos. O ataque começou ainda de madrugada na vila de Mayba, onde moradores foram rendidos antes de serem mortos. Para Illia Djadi, porta-voz da Portas Abertas para a África Subsaariana, a população cristã “é o principal alvo” do grupo.
Escalada de violência na Nigéria
Graham também chamou atenção para a situação nigeriana. Segundo ele, mais de quatro mil cristãos foram mortos no país no último ano. Em junho, ofensivas coordenadas por extremistas da etnia fulani deixaram mais de 200 civis mortos em vilarejos cristãos, conforme dados da organização International Christian Concern. Entre as vítimas estavam crianças e idosos.

Imagem: Reprodução via folhagospel.com
Deslocamentos em massa
A sucessão de ataques provocou um êxodo silencioso. Organizações cristãs internacionais estimam que 16 milhões de fiéis tenham sido obrigados a abandonar suas casas na África Subsaariana. “O horror é inimaginável e não são incidentes isolados”, destacou Graham, acrescentando que “a igreja está em retirada”.
Agradecimento ao governo Trump
O evangelista agradeceu ao ex-presidente dos Estados Unidos, Donald J. Trump, e à Casa Branca por condenarem publicamente os assassinatos e defenderem a liberdade religiosa. Graham reiterou, por fim, o pedido para que cristãos de todo o mundo continuem orando pelos que sofrem perseguição.
Com informações de Folha Gospel