O estrategista de campanha do ex-presidente norte-americano Donald Trump, Jason Miller, declarou neste domingo, 10 de agosto de 2025, que seguirá atuando “sem descanso” até que o ex-presidente Jair Bolsonaro seja libertado.
“Para deixar claro, não vou parar, não vou desistir, nunca vou desistir até que o presidente Jair Bolsonaro esteja livre”, escreveu Miller em sua conta na rede social X (antigo Twitter).
Referência à Lei Magnitsky
Antes da mensagem, o norte-americano compartilhou reportagem de O Globo segundo a qual ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) estariam “apavorados” com possíveis sanções amparadas pela Lei Magnitsky. A legislação permite que os Estados Unidos imponham restrições a autoridades estrangeiras acusadas de violar direitos humanos. No texto, um político brasileiro – não identificado – teria relatado a preocupação dos magistrados.
Em reação, Miller publicou: “Libertem Bolsonaro… ou então”, finalizando a frase com o emoji de um alvo, sugerindo que outros integrantes da Corte poderiam ser alvo de futuras sanções. O estrategista recordou que o ministro Alexandre de Moraes foi incluído em lista de punições norte-americanas em 30 de julho.
Críticas recorrentes ao governo Lula e ao STF
O consultor já comentara episódios da política brasileira nas últimas semanas. Em 7 de agosto, comparou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao ex-mandatário dos EUA Joe Biden, afirmando que o petista teria “cérebro de banana amassada”. A declaração veio após entrevista de Lula à agência Reuters, na qual o brasileiro disse que telefonaria a Trump “no dia em que minha intuição disser que ele está pronto para conversar”.
Em 22 de julho, Miller classificou como “inacreditável” a decisão de Moraes que proibiu Bolsonaro de conceder entrevistas destinadas às redes sociais. Segundo ele, a medida demonstraria que “Moraes quer que o mundo inteiro saiba que ele governa o Brasil, não Lula”.

Detenção no Brasil em 2021
O estrategista mantém ligação com a política brasileira desde 2021, quando foi detido no aeroporto de Brasília por ordem de Alexandre de Moraes. Conduzido à Polícia Federal para prestar depoimento no inquérito dos atos antidemocráticos, permaneceu em silêncio e foi liberado a retornar aos Estados Unidos no mesmo dia.
A mobilização de Miller em defesa de Bolsonaro ocorre enquanto o ex-presidente segue impedido de dar entrevistas e alvo de investigações no Supremo.
Com informações de Gazeta do Povo