Madri — O governo espanhol declarou nesta terça-feira, 5 de agosto de 2025, que repudia “de forma categórica” qualquer plano de Israel para ocupar a Faixa de Gaza.
A posição foi apresentada pelo ministro das Relações Exteriores, José Manuel Albares, após o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmar que considera a ocupação total do território palestino.
Albares ressaltou que nem a Espanha nem a União Europeia reconhecem a legitimidade de anexações de Gaza ou da Cisjordânia. Segundo o chanceler, tais medidas contrariam a solução de dois Estados, vista por Madri como “a única saída viável” para o conflito israelo-palestino.
O ministro também classificou a presença militar israelense em Gaza e o deslocamento de civis como “graves violações do direito internacional”. Embora não tenha utilizado o termo “genocídio”, ele lembrou que a Espanha participa do processo em análise no Tribunal Internacional de Justiça, conduzido pela África do Sul.
Albares ainda criticou o que chamou de “atuação tardia” da União Europeia na guerra no Oriente Médio. Ele defendeu a suspensão do acordo de associação entre o bloco e Israel, alegando “violações diárias dos direitos humanos em Gaza”.

Imagem: OLIVIER HOSLET via gazetadopovo.com.br
O ministro concluiu que Madri seguirá pressionando por um cessar-fogo imediato e pelo reconhecimento pleno do Estado palestino em foros internacionais.
Com informações de Gazeta do Povo