O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) declarou, em entrevista concedida na sexta-feira, 25 de julho de 2025, que os presidentes do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), e da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), podem se tornar alvos de sanções impostas pelo governo dos Estados Unidos.
Falando ao canal Oeste com Elas, no YouTube, o parlamentar disse existir “possibilidade real” de que Washington aplique a Lei Magnitsky — legislação que prevê punições econômicas e diplomáticas a pessoas acusadas de violar direitos humanos — contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.
“O Trump tem um arsenal na mesa dele e, pode ter certeza, não utilizou tudo. Se vier a Lei Magnitsky contra o Alexandre de Moraes, será apenas mais um capítulo”, afirmou Eduardo Bolsonaro, que atualmente se encontra nos Estados Unidos.
O deputado acrescentou que o cenário poderá se agravar caso o Congresso brasileiro não avance com propostas como a anistia a investigados dos atos de 8 de janeiro e o impeachment de Moraes. “Se o Brasil não conseguir pautar a anistia e o impeachment, a coisa ficará ruim”, declarou.
Alcolumbre e Hugo Motta sob “radar”
Segundo o parlamentar, Davi Alcolumbre ainda não teria atingido o nível de atenção que justificaria a aplicação imediata de sanções, mas já estaria sendo monitorado por Washington por suposto apoio ao “regime”. Em relação a Hugo Motta, o alerta estaria ligado ao andamento do projeto de anistia na Câmara.
O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) também comentou o assunto, avaliando que eventuais medidas dos EUA contra os presidentes das Casas Legislativas podem dificultar a articulação da oposição no Congresso Nacional.
Em outro trecho da entrevista, Eduardo Bolsonaro afirmou que, pela primeira vez, Alexandre de Moraes teria “recuado” e enviou um recado aos parlamentares: “Ou a anistia será aprovada, ou todos os senhores acabarão tendo o mesmo destino de Alexandre de Moraes”.
Com informações de Direita Online