O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e o jornalista Paulo Figueiredo afirmaram que solicitaram ao ex-presidente norte-americano Donald Trump apenas sanções individuais contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e que não esperavam a tarifa de 50% imposta a produtos brasileiros exportados aos Estados Unidos.
A declaração foi feita na segunda-feira (21) durante participação no podcast “Inteligência Ltda.”, em São Paulo. O episódio veio a público nesta terça-feira (22), data em que o tema ganhou repercussão.
Crise após tarifa de 50%
A sobretaxa foi decretada por Trump na semana retrasada, provocando uma crise diplomática entre Brasília e Washington. Apesar de dizerem que preferiam punições direcionadas a autoridades brasileiras, Eduardo e Figueiredo contaram que a medida tarifária foi apresentada por representantes norte-americanos e que opinaram contra ela naquele momento.
“Na nossa opinião, essa não era a melhor iniciativa”, relatou Figueiredo. Eduardo reforçou: “A gente não imaginou que fosse decretada a tarifa. Mas não somos o presidente dos Estados Unidos; não temos a caneta”.
Apoio posterior à medida
Mesmo após a resistência inicial, os dois passaram a defender publicamente a decisão de Trump. Figueiredo declarou estar “100% convencido” de que o tarifaço foi a escolha correta, recebendo o aval do deputado: “Eu concordo”. Eduardo apelidou a medida de “Tarifa-Moraes” e comparou a sobretaxa a uma cobrança de 50% sobre entregadores de aplicativo, dizendo que a iniciativa seria uma reação à suposta “crise institucional” atribuída ao ministro do STF.
Divergência com Jair Bolsonaro
A posição de Eduardo contrasta com a do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Mais cedo, em entrevista à GloboNews, Bolsonaro negou qualquer influência sobre a tarifa e disse que “não tem nada a ver com a gente”. Ele também afirmou que o filho não possui prerrogativa legal para negociar com autoridades norte-americanas.
Com informações de Gazeta do Povo