Brasília – O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) informou nesta sexta-feira (8) que enviará um ofício ao presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), com o objetivo de apresentar sua defesa e tentar impedir a perda do mandato.
Segundo o parlamentar, o documento detalhará o que ele considera uma “perseguição” do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). “Não irei renunciar. Só não volto ao Brasil porque há uma perseguição contra mim”, afirmou em entrevista à CNN.
Eduardo Bolsonaro está nos Estados Unidos desde março. Na ocasião, pediu afastamento da Câmara por 120 dias alegando interesses pessoais, além de dois dias para tratamento de saúde. O período de licença terminou em 20 de julho; desde então, suas ausências vêm sendo registradas como faltas não justificadas, o que pode resultar na cassação do mandato.
O deputado reiterou que não pretende retornar ao país enquanto, em sua avaliação, persistirem medidas consideradas abusivas. “Se eu voltar ao Brasil, serei preso. Se estou fazendo algo criminoso, então Donald Trump e Marco Rubio também estão. Por que Alexandre de Moraes não os coloca nessa condição? Ou está prevaricando?”, declarou.
Apesar do risco de sanções no Legislativo, Eduardo Bolsonaro disse que sua permanência em território norte-americano busca evitar o que chama de prisão injusta. Ele não estipulou data para voltar ao Brasil.
Com informações de Direitaonline
