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Edinho Silva assume comando do PT e cobra preparação para período sem Lula

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Brasília — O novo presidente nacional do PT, Edinho Silva, tomou posse neste domingo (3) e alertou a militância para a necessidade de estruturar a legenda para um cenário em que Luiz Inácio Lula da Silva não concorra mais a cargos eletivos.

Durante a cerimônia, Silva lembrou que Lula pretende buscar a reeleição em 2026, provável último mandato do petista, e ressaltou que o partido ainda não dispõe de um sucessor capaz de herdar, sozinho, o capital político do presidente. Setores da sigla defendem o nome do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, como principal alternativa.

Disputa interna e linha política

Eleito no mês passado, Silva recebeu apoio direto de Lula em uma disputa que opôs duas correntes: a dele, favorável a maior diálogo com forças de centro-esquerda, e a representada pelo deputado Rui Falcão (PT-SP), que defendia orientação mais à esquerda. A vitória de Silva foi interpretada como estratégia para ampliar a base de apoio do partido, repetindo a “frente ampla” montada em 2022.

Fortalecimento institucional

Ao discursar, o novo dirigente afirmou que a continuidade do projeto petista dependerá menos de um nome individual e mais da solidez da sigla. “Se o partido estiver organizado, a liderança emergirá”, disse, em paráfrase.

Silva reconheceu o papel de Lula na reconstrução do PT após as denúncias de corrupção reveladas pela Operação Lava Jato, que levaram o ex-presidente à prisão, mas destacou que a legenda precisa reconectar-se com a juventude e aprimorar sua comunicação para manter relevância depois de 2026.

Edinho Silva assume comando do PT e cobra preparação para período sem Lula - Imagem do artigo original

Imagem: Anderson Barbosa via gazetadopovo.com.br

Cerimônia com críticas a Trump

No mesmo evento, o presidente do partido classificou o ex-mandatário dos Estados Unidos, Donald Trump, como “o maior líder fascista do século 21” e declarou que reeleger Lula seria “mais um passo” para enfrentar o que chamou de forças fascistas no Brasil.

Ao encerrar o discurso, Edinho Silva reforçou que, após décadas de protagonismo de Lula, caberá ao PT construir novas lideranças e se firmar como instituição capaz de disputar eleições sem depender exclusivamente do atual presidente.

Com informações de Gazeta do Povo