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TCU mobiliza força-tarefa para investigar situação financeira dos Correios e de mais oito estatais

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Brasília — O Tribunal de Contas da União (TCU) deu início a uma força-tarefa para examinar a saúde financeira e a gestão de nove empresas estatais federais, entre elas os Correios. O anúncio foi feito na sessão plenária de quarta-feira (12) pelo presidente da corte, ministro Vital do Rêgo.

Segundo o ministro, a Secretaria-Geral de Controle Externo (Segecex) irá conduzir fiscalizações que ultrapassam a tradicional análise de contas públicas. As empresas serão avaliadas em cinco eixos: desempenho financeiro; gestão de pessoal e contratações; inovação; governança; e tecnologia da informação.

Estatais sob análise

Integram a lista da força-tarefa:

  • Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (Correios);
  • Casa da Moeda do Brasil;
  • Companhia Docas do Ceará;
  • Companhia Docas do Pará;
  • Companhia Docas do Estado da Bahia;
  • Companhia Docas do Rio de Janeiro;
  • Companhia Docas do Rio Grande do Norte;
  • Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero);
  • Empresa Brasileira de Participações em Energia Nuclear e Binacional (ENBPar).

Correios concentram atenção

Vital do Rêgo destacou a “situação delicada” dos Correios, que acumulam prejuízo de R$ 4,3 bilhões em 2025 e solicitaram um empréstimo de R$ 20 bilhões como parte de seu plano de reestruturação já acompanhado pelo TCU.

Outros sinais de alerta

A Casa da Moeda, responsável pela produção de cédulas, moedas, passaportes e diplomas, registrou queda de 74% no lucro líquido em 2024, outro ponto que pesou para a inclusão da estatal na fiscalização ampliada.

Contexto fiscal

O anúncio ocorre poucos dias após o Tesouro Nacional divulgar relatório que aponta riscos fiscais potenciais de até R$ 5,1 trilhões, valor que considera passivos de difícil recuperação e programas dependentes de reembolso, como o Fies.

Não foi divulgado prazo para conclusão dos trabalhos, mas o TCU informou que os relatórios parciais serão apresentados ao plenário à medida que avançarem.

Com informações de Gazeta do Povo