A Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS) cancelou a apresentação do jornalista e historiador Eduardo Bueno, o Peninha, depois da repercussão de um vídeo em que ele comemora o assassinato do ativista norte-americano Charlie Kirk. O espetáculo “Brasil: Pecado Capital” estava agendado para 14 de setembro no Salão de Atos Ir. Norberto Rauch, em Porto Alegre.
No vídeo que circulou nas redes sociais, Peninha afirma que “é terrível um ativista ser morto por suas ideias, exceto quando é Charlie Kirk” e acrescenta, em tom de deboche, que a morte teria sido “boa para as filhas” de Kirk. A declaração provocou críticas imediatas, levando o historiador a publicar uma “retratação” horas mais tarde.
Universidade rompe contrato
Em nota oficial, a PUCRS informou que o evento fora organizado por terceiros em espaço alugado e “não fazia parte da programação institucional”. A instituição anunciou a rescisão do contrato de locação e declarou repudiar “qualquer manifestação contrária à vida e à dignidade humana”.
Reações políticas e possível impacto diplomático
O vereador de Porto Alegre Ramiro Rosário acusou Peninha de discurso de ódio e comunicou o caso ao consulado dos Estados Unidos, afirmando que as falas poderiam gerar desdobramentos diplomáticos. Após o cancelamento, Rosário considerou a medida “necessária diante da gravidade” do episódio. O deputado estadual Felipe Camozzato também endossou as denúncias.
Citação a Elon Musk e remoção do vídeo
Durante a mesma gravação, Peninha citou que sua filha vive em Austin, Texas, “perto de uma das casas de Elon Musk”, e insinuou que um ataque poderia ocorrer. Influenciadores marcaram o bilionário sul-africano na plataforma X, alertando para a possível ameaça. O conteúdo original acabou removido das redes sociais por violar as políticas das plataformas, o que levou o historiador a ironizar: “Estamos em uma ditadura”.
A apresentação permanecerá cancelada, e a PUCRS não informou se haverá nova data ou local para o espetáculo.
Com informações de Gazeta do Povo