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Novo decreto de Lula muda vale-refeição e setor fala em intervenção

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Brasília – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou, em 13 de novembro de 2025, um decreto que altera as regras dos vales-refeição e alimentação no país. As mudanças criam o chamado “arranjo aberto” para uso dos cartões e impõem novas condições às operadoras, que reagiram alegando interferência na livre iniciativa.

O que muda

O decreto permite que o benefício seja aceito em qualquer estabelecimento, não apenas nos locais credenciados. Entre os principais pontos estão:

  • Implantação do “arranjo aberto”, eliminando a limitação a restaurantes e supermercados cadastrados;
  • Teto de 3,6% para a taxa cobrada dos restaurantes pelas operadoras;
  • Repasse mais rápido dos pagamentos aos estabelecimentos;
  • Proibição de exclusividade de bandeiras nas maquininhas de cartão.

Objetivo do governo

O Palácio do Planalto afirma que a medida visa quebrar um “oligopólio” formado por poucas empresas do segmento. A expectativa oficial é beneficiar cerca de 22 milhões de trabalhadores e gerar economia estimada em R$ 7,9 bilhões com a ampliação da concorrência.

Reação das empresas

A Associação Brasileira das Empresas de Benefícios ao Trabalhador (ABBT) critica o decreto, classificado como “interferência governamental”. Segundo a entidade, o novo modelo facilita o uso do vale para finalidades alheias à alimentação, citando risco de compras em plataformas de apostas, por exemplo.

Defesa do arranjo fechado

Atualmente, o sistema é de “arranjo fechado”, no qual apenas estabelecimentos credenciados podem aceitar o benefício. As operadoras alegam que esse formato permite fiscalizar fraudes, garantir a destinação correta do auxílio e avaliar a qualidade nutricional dos locais onde os trabalhadores consomem.

Outras preocupações

As empresas apontam um possível “descasamento financeiro”, pois teriam de repassar valores aos restaurantes em prazo menor que o recebimento dos recursos de clientes públicos. Também temem que não haja queda de preços para o consumidor, além de prever demissões e redução de investimentos no setor.

O decreto entra em vigor após publicação no Diário Oficial da União, com prazos específicos para adaptação das operadoras e estabelecimentos.

Com informações de Gazeta do Povo