Brasília, 2 de dezembro de 2025 – O Ministério Público Federal (MPF) entrou com recurso para restabelecer as prisões de Daniel Vorcaro e de outros quatro executivos investigados por suposta fraude fiscal que culminou na liquidação do Banco Master.
A medida foi apresentada pela Procuradoria Regional da República da 1.ª Região no sábado (29), durante plantão judicial, e contesta a decisão da desembargadora Solange Salgado, do Tribunal Regional Federal da 1.ª Região (TRF-1), que havia concedido liberdade provisória aos investigados mediante retenção de passaportes, uso de tornozeleira eletrônica e demais medidas cautelares.
No recurso, o MPF sustenta a “gravidade concreta” dos fatos e a “altíssima probabilidade de fuga” dos suspeitos, pedindo que o caso seja analisado por um colegiado da corte. A solicitação inclui a revogação imediata da soltura e o retorno dos cinco investigados ao regime de prisão preventiva.
A desembargadora já marcou para 9 de dezembro, em sessão da 10.ª Turma do TRF-1, o julgamento do mérito do habeas corpus que beneficiou Vorcaro e os demais executivos. A ordem de soltura havia sido expedida na última sexta-feira (28) pela Justiça Federal.
Sigilo no Supremo
Paralelamente, o ministro do Supremo Tribunal Federal Dias Toffoli colocou sob sigilo a ação da defesa de Vorcaro que questiona a operação da Justiça Federal de Brasília responsável pelas prisões. Com a medida, dados básicos do processo — como autoria da petição, nomes de advogados e movimentações processuais — deixaram de ser públicos no sistema do STF.
Apurações preliminares indicam que o banqueiro manteve contato com figuras proeminentes da política nos últimos anos. Embora essas interlocuções não configurem necessariamente ilícitos, todo o material será analisado pela Polícia Federal no curso da investigação.
Com informações de Gazeta do Povo