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Ministros do TCU chamam Ibama de “câncer” e acusam órgão de travar obras estratégicas

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Ministros do Tribunal de Contas da União (TCU) atacaram duramente o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) durante a sessão plenária desta quarta-feira, 12 de novembro de 2025. O decano Walton Alencar afirmou que o órgão ambiental “é o maior câncer dentro da administração pública” e age contra o interesse nacional ao dificultar licenças para projetos como a Ferrovia Transnordestina e a pesquisa de petróleo na Margem Equatorial, na costa do Amapá.

Alencar, relator do processo referente à Transnordestina, disse não ter encontrado “razões plausíveis” para as exigências impostas pelo Ibama. “O Ibama está atuando para impedir o funcionamento da rodovia. Procurei saber os motivos da ação deles, mas não tive razões plausíveis”, declarou.

O ministro também acusou o instituto de ter sido “capturado por ONGs financiadas por capitais estrangeiros”, o que, segundo ele, estaria prejudicando o desenvolvimento do país. “Temos um órgão estatal e interesse internacional impedindo o desenvolvimento do Brasil”, sustentou.

Pressão sobre licenças para a Petrobras

O presidente do TCU, Bruno Dantas, relator do processo que analisa a demora na licença para a Petrobras pesquisar petróleo na Margem Equatorial, afirmou que não seguirá a recomendação técnica de arquivar o caso. “A unidade de instrução propôs arquivamento da matéria e eu já informo que eu não a arquivarei. Vou aprofundar e dissecar para entendermos as razões pelas quais essa licença levou tantos anos para sair, se foram razões técnicas ou pessoais”, afirmou Dantas, recebendo apoio dos ministros Jhonatan de Jesus e Benjamin Zymler.

Lula também já havia criticado

As críticas ao Ibama não se restringem ao TCU. Em fevereiro deste ano, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reclamou publicamente da demora do instituto em liberar a pesquisa de petróleo na Margem Equatorial. Em entrevista à rádio Diário FM, no Amapá, Lula classificou a situação como “lenga-lenga” e disse que o órgão “parece ser contra o governo”.

“Eu quero que o petróleo na região seja explorado. Precisamos autorizar que a Petrobras faça pesquisa, e se depois vamos explorar é outra discussão. O que não dá é pra ficar nessa lenga-lenga”, afirmou o presidente na ocasião, acompanhado do senador Davi Alcolumbre (União-AP).

Até o momento, o Ibama não se pronunciou sobre as críticas feitas pelos ministros do TCU.

Com informações de Gazeta do Povo