O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) declarou nesta segunda-feira (27/10/2025) que espera selar, “em poucos dias”, um acordo definitivo com os Estados Unidos para suspender a tarifa de 50% aplicada às exportações brasileiras. A declaração foi dada em Kuala Lumpur, na Malásia, após reunião com o presidente norte-americano Donald Trump durante a cúpula da Associação de Nações do Sudeste Asiático (Asean).
Otimismo após a conversa
Lula relatou ter ouvido de Trump a garantia de que o entendimento será “de qualidade” e firmado rapidamente, desde que o Brasil também faça a sua parte. “Se depender dele e de mim, vai ter acordo”, afirmou o chefe do Executivo brasileiro em coletiva de imprensa.
Segundo o presidente, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, o chanceler Mauro Vieira e o vice-presidente e titular do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, acompanharão as tratativas com Washington.
Próximos passos
Conforme o secretário-executivo do MDIC, Márcio Rosa, uma missão técnica brasileira seguirá para a capital norte-americana nas próximas semanas. Ele disse que as discussões “avançam espetacularmente bem” e que a orientação de Trump às suas equipes é concluir o pacto comercial no curto prazo.
Pauta ampliada
No encontro de domingo (26), Lula entregou a Trump um documento com temas que considera prioritários, entre eles a aplicação da Lei Magnitsky ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, e a escalada de tensões entre Estados Unidos e Venezuela.
Lula afirmou ainda não ver motivos para atritos com Washington e reiterou o desejo de manter “belíssimas” relações tanto com os EUA quanto com a China, principal parceiro comercial do Brasil.
A reunião em Kuala Lumpur foi o primeiro compromisso oficial entre Lula e Trump desde o início da controvérsia sobre o tarifaço. Antes, os dois presidentes haviam conversado por telefone e se encontrado brevemente na Assembleia Geral da ONU, em setembro.
Com informações de Gazeta do Povo