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James Dyson: cinco anos e 5.127 tentativas até o aspirador que mudou o mercado

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Brasília, 24 de dezembro de 2025 – O inventor, engenheiro e empresário britânico James Dyson precisou de cinco anos e 5.127 protótipos descartados para chegar ao primeiro aspirador de pó sem saco do mundo, lançado em 1993. A jornada, marcada por sucessivos fracassos, tornou-se referência no universo do empreendedorismo.

Dyson começou a trabalhar no projeto em 1979, sem investidores, equipe ou infraestrutura industrial. Instalado em uma garagem improvisada, repetiu o ciclo “testar, falhar, ajustar e repetir” até encontrar a solução: a tecnologia ciclônica que eliminava a perda de potência quando o reservatório enchia.

Antes de abrir a própria companhia, o inventor licenciou a patente a uma empresa japonesa, que lançou o produto como item de luxo. O sucesso no Japão garantiu recursos para que Dyson fundasse, em 1993, a Dyson Ltd., no Reino Unido. O primeiro modelo da marca, com estrutura transparente, rapidamente conquistou o mercado britânico e superou concorrentes que haviam rejeitado o conceito.

Reconhecimento e fortuna

Em 2007, James Dyson foi nomeado cavaleiro pela rainha Elizabeth II. Segundo o Sunday Times, ele ocupava a quinta posição entre os mais ricos do Reino Unido em 2023, com fortuna familiar estimada em 23 bilhões de libras. A revista Forbes calculava patrimônio de US$ 13,3 bilhões em março de 2025.

Hoje, a Dyson opera em mais de 65 países com portfólio que inclui ventiladores, secadores de cabelo, purificadores de ar e luminárias, mantendo a filosofia de priorizar engenharia e prototipagem antes do marketing.

Visão sobre o fracasso

Em entrevista à revista Entrepreneur, Dyson declarou: “Temos que abraçar o fracasso e quase tirar proveito dele. Não de forma perversa, mas como forma de resolver problemas. A vida é uma montanha de problemas solucionáveis, e eu gosto disso”.

Para especialistas em empreendedorismo, a trajetória de Dyson ilustra como a disposição de enfrentar erros sucessivos pode resultar em inovação de alto impacto – desde que cada falha gere aprendizado e não se repita.

Com informações de Gazeta do Povo