Uma trajetória marcada por perdas, crises econômicas e três grandes incêndios deu origem a um dos brinquedos mais populares do planeta. O carpinteiro dinamarquês Ole Kirk Kristiansen iniciou a produção de brinquedos em 1932, na pequena Billund, após ver sua oficina queimar, perder a esposa e quase falir durante a Grande Depressão.
Primeiros passos em madeira
Sem encomendas de carpintaria e guiado pelo lema “somente o melhor é bom o suficiente”, Kristiansen passou a fabricar brinquedos de madeira para sustentar a família. Dois anos depois, em 1934, ele criou a marca Lego, combinação da expressão dinamarquesa “Leg Godt” (“brincar bem”). O nome apareceu oficialmente pela primeira vez em janeiro de 1936.
Nova fábrica, novo incêndio
A perseverança foi novamente testada em 1942, quando um curto-circuito destruiu completamente a fábrica. Kristiansen reconstruiu o negócio e, em 1947, tornou-se o primeiro empreendedor da Dinamarca a investir em uma máquina de moldagem por injeção de plástico, passando a produzir brinquedos tanto de plástico quanto de madeira.
Nasce o tijolo de encaixe
O primeiro protótipo do bloco Lego, batizado de “Tijolo de Ligação Automática”, surgiu em 1949. Durante a década seguinte, o filho de Ole, Godtfred Kirk Christiansen, aperfeiçoou o design. A patente do formato atual foi registrada em 28 de janeiro de 1958.
Continuidade após a perda
Ole Kirk sofreu um ataque cardíaco fatal poucos meses após o depósito da patente em 1958. Godtfred assumiu a direção e, ainda naquele ano, um terceiro incêndio atingiu a fábrica. O novo presidente decidiu abandonar a madeira e focar exclusivamente nos brinquedos de plástico, consolidando a Lego como um “sistema de jogo”.
Família no comando
A sobrinha de Ole, Dagny Holm, tornou-se referência na criação de modelos para a Legoland, reforçando o legado familiar. A empresa permanece controlada pelos descendentes de Kristiansen, mantendo a inovação como marca registrada desde os difíceis anos 1930.
Com informações de Gazeta do Povo
