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Haddad descarta privatização dos Correios e exige plano para liberar empréstimo

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Brasília – O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o governo federal não cogita vender os Correios como saída para o déficit da estatal. A declaração foi dada em entrevista à GloboNews na quarta-feira, 26 de novembro.

“Não vejo debate dentro do governo sobre privatizar os Correios. Não vejo nenhum ministro propondo isso”, disse Haddad. Segundo ele, o levantamento realizado pelo Executivo aponta que “é muito difícil o Estado abrir mão desses serviços, até porque parte deles é subsidiada para garantir a universalização”.

Déficit e medidas em estudo

Os Correios acumulam prejuízos desde 2015. Só no primeiro semestre de 2025 o resultado negativo chegou a R$ 4,25 bilhões. Para equilibrar as contas, a empresa e o Ministério das Comunicações buscam autorização para contratar um empréstimo de R$ 20 bilhões e preparar um Programa de Demissões Voluntárias (PDV) com meta de 10 mil desligamentos.

O aval para o financiamento depende do Tesouro Nacional, órgão subordinado à Fazenda. Haddad condicionou o sinal verde à apresentação de um plano consistente de reestruturação. “Qualquer solução para esse caso vai passar necessariamente por um plano de reestruturação. Não há como o Tesouro Nacional pensar em algo que não passe por um plano de reestruturação”, afirmou.

Trajetória da estatal

Os Correios foram incluídos no Plano Nacional de Desestatização durante o governo Jair Bolsonaro (PL). Já no início do mandato, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) editou decreto retirando a empresa da lista de privatizações.

Fiscalização do TCU

Além da situação nos Correios, o Tribunal de Contas da União conduz força-tarefa para avaliar a gestão de nove estatais. O grupo inclui a própria empresa de serviços postais, a Casa da Moeda do Brasil e cinco companhias de docas.

Com informações de Gazeta do Povo