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Greve de caminhoneiros convocada para 4 de dezembro registra pouca adesão em todo o país

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A paralisação nacional de caminhoneiros marcada para a manhã desta quinta-feira, 4 de dezembro de 2025, teve adesão reduzida, segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF). O órgão informou não ter recebido qualquer comunicação formal de bloqueios em rodovias federais e manteve o trabalho rotineiro de ronda e monitoramento nos 75 mil quilômetros sob sua responsabilidade.

O Artigo 95 do Código de Trânsito Brasileiro determina que eventos que possam interromper a livre circulação de veículos e pedestres só podem ocorrer com permissão prévia da autoridade de trânsito. Até o início da tarde, não havia registros de interrupções significativas.

Convocação nas redes sociais

A mobilização foi articulada nos últimos dias em grupos de mensagens e redes sociais sob a liderança da União Brasileira dos Caminhoneiros (UBC). Na terça-feira (2), o presidente da entidade, Francisco Nunes, conhecido como Chicão Caminhoneiro, esteve em Brasília para protocolar na Presidência da República uma pauta com demandas do setor. Entre os itens, estavam atualização do piso mínimo do frete, congelamento de dívidas da categoria e aposentadoria especial após 25 anos de atividade.

Chicão estava acompanhado do desembargador aposentado Sebastião Coelho, pré-candidato ao Senado pelo Distrito Federal (partido Novo), que tem defendido atos em favor de anistia ao ex-presidente Jair Bolsonaro e aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro.

Entidades divididas

A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transporte e Logística (CNTTL) divulgou nota negando participação na greve e criticando o uso de seu nome em convocações. A entidade afirmou não apoiar movimentos que julga terem caráter político.

Também se posicionaram contra a paralisação a Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA), a Federação dos Caminhoneiros Autônomos de Cargas em Geral do Estado de São Paulo (Fetrabens), o deputado federal Zé Trovão (PL-SC) e Wallace Landim, o Chorão, liderança que ganhou destaque na greve de 2018. Todos alegam partidarização ou uso eleitoral da pauta.

Entre os apoiadores, o presidente da Associação Catarinense dos Transportadores Rodoviários de Cargas (ACTRC), Janderson Maçaneiro, o Patrola, defendeu o movimento em publicações na internet.

Orientação de respeito às leis

Em vídeo divulgado nas redes, Chicão pediu que eventuais manifestantes não bloqueiem vias e respeitem o direito de ir e vir. “Temos que respeitar toda a legislação que é imposta à categoria”, afirmou.

Apesar da convocação, a movimentação nas estradas permaneceu dentro da normalidade durante a manhã e início da tarde, conforme acompanhamento da PRF.

Com informações de Gazeta do Povo