Brasília – O Ministério de Portos e Aeroportos abriu tratativas para que a Air France amplie a oferta de voos entre Brasil e França a partir de 2026. A pauta inclui o aumento de frequências nos trechos atuais e a retomada de ligações diretas para Brasília e Recife.
Reunião em Paris
Neste mês, o ministro Silvio Costa Filho esteve na capital francesa para encontros com executivos da companhia. Segundo o ministério, foram solicitados estudos que indiquem a viabilidade de novas operações. Não houve resposta imediata, mas o ministro disse esperar anúncios no próximo biênio.
Brasília e Nordeste na mira
A pasta considera prioritário reativar o voo entre Paris e Brasília, operado de 2014 a 2016, e restabelecer a rota Recife–Paris, disponível até o início dos anos 2000. O Rio de Janeiro também é foco: o governo quer recuperar as dez frequências semanais que o Galeão mantinha antes da pandemia.
Mercado estratégico
De acordo com Sébastien Justum, secretário corporativo adjunto e chefe de Assuntos Públicos e Internacionais da Air France, o Brasil é o terceiro país em número de destinos fora da Europa atendidos pela empresa. Uma delegação da companhia deve vir ao Brasil nos próximos meses para avançar nas negociações.
Participação de mercado
Em 2024, mais de 7 milhões de passageiros viajaram com a Air France entre os dois países, marca inédita para a operação brasileira. A empresa deteve 68,3% do tráfego Brasil–França, seguida por Latam (17,2%) e Azul (14,5%).
Voos atuais da Air France no Brasil
- Guarulhos – 14 voos semanais para Paris
- Rio de Janeiro (Galeão) – 8 voos para Paris
- Salvador – 3 voos para Paris (passarão a 5 em dezembro)
- Fortaleza – 3 voos para Paris (serão 5 em dezembro) e 1 voo para Caiena
- Belém – 1 voo para Caiena
Ao todo, são 28 frequências semanais ligando quatro capitais brasileiras à capital francesa, além das conexões com a Guiana Francesa.
No último ano, a companhia manteve crescimento após a desaceleração provocada pela pandemia, reforçando o interesse do governo em consolidar novas rotas e ampliar a oferta existente.
Com informações de Gazeta do Povo