Brasília – O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) articula um empréstimo de até R$ 20 bilhões junto a Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e outras instituições financeiras para sustentar o fluxo de caixa dos Correios e impedir a quebra da estatal.
De acordo com informações obtidas pela Folha de S.Paulo, o financiamento contará com garantia do Tesouro Nacional e será dividido em duas etapas: R$ 10 bilhões em 2025 e mais R$ 10 bilhões em 2026.
Condições do socorro
A maior parte dos recursos virá de bancos públicos e ficará condicionada a medidas de ajuste interno, como um programa de demissão voluntária e a renegociação de dívidas. Caso o espaço fiscal permita, o Tesouro poderá complementar o valor com aportes diretos.
Reunião no Planalto
A operação foi discutida em 9 de outubro de 2025, quinta-feira, durante encontro entre os ministros Fernando Haddad (Fazenda), Esther Dweck (Gestão) e Frederico de Siqueira Filho (Comunicações), além de representantes do Tesouro Nacional, da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, do Banco do Brasil e da Caixa.
Rombo crescente
Os Correios registraram prejuízo de R$ 4,4 bilhões no primeiro semestre de 2025, superando o déficit de R$ 2,6 bilhões acumulado durante todo o ano anterior. No mesmo período, a receita caiu 9,5%, para R$ 8,9 bilhões, enquanto despesas administrativas e financeiras somaram R$ 13,4 bilhões.
Se o ritmo atual persistir, o buraco pode alcançar R$ 8 bilhões até o fim do ano. A estatal já recebeu recursos emergenciais para pagar salários e outras despesas básicas. Questionado, Haddad reconheceu a preocupação com a companhia, mas evitou confirmar oficialmente o repasse enquanto busca alternativas que não pressionem ainda mais o Orçamento federal.
Com informações de Gazeta do Povo
