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Exportações brasileiras para os EUA recuam 18,5% em agosto após tarifa de 50%

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As vendas do Brasil para os Estados Unidos somaram US$ 2,76 bilhões em agosto de 2025, queda de 18,5% na comparação com o mesmo mês de 2024, informou o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) nesta quinta-feira (4). É o primeiro resultado mensal depois da entrada em vigor, em 6 de agosto, da sobretaxa de 50% aplicada por Washington a produtos brasileiros.

Desempenho por produtos

Entre os principais itens da pauta exportadora, registraram-se recuos expressivos diante de agosto do ano passado:

Aeronaves (-93%), turborreatores, turbopropulsores e outras turbinas a gás (-60,9%), óleos essenciais (-52,25%), madeira perfilada (-48,52%) e carne bovina congelada (-47,69%).

Comparação mensal

Na comparação com julho, quando as exportações alcançaram US$ 3,82 bilhões, houve retração de 27,7%. O resultado elevado de julho refletiu a antecipação de compras por importadores norte-americanos diante do anúncio, em 9 daquele mês, de que as tarifas seriam elevadas em agosto.

Contexto da medida

O presidente dos Estados Unidos comunicou a decisão ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 9 de julho, mencionando o processo que o ex-presidente Jair Bolsonaro responde no Supremo Tribunal Federal. A ordem executiva foi assinada em 30 de julho e deixou de fora da sobretaxa cerca de 700 itens, entre eles petróleo, aeronaves e suco de laranja, mas manteve a cobrança adicional sobre café e carne bovina.

Balança comercial bilateral

Enquanto as exportações caíram, as importações brasileiras de produtos americanos avançaram 4,6% em agosto, para US$ 3,99 bilhões. O movimento resultou em déficit de US$ 1,23 bilhão no mês. De janeiro a agosto, o saldo negativo com os EUA atingiu US$ 3,39 bilhões, alta de 56,9% ante igual período de 2024. No ano passado inteiro, o déficit havia sido de US$ 283,8 milhões.

Desempenho com outros parceiros

No mesmo mês, as exportações para a China (incluindo Hong Kong e Macau) cresceram 29,9% e totalizaram US$ 9,6 bilhões. Para a Argentina, as vendas avançaram 40,4%, alcançando US$ 1,64 bilhão.

Com informações de Gazeta do Povo