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Esquema bilionário de sonegação no setor de combustíveis pressiona Câmara a votar lei contra devedor contumaz

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Brasília — A Polícia Civil expôs um esquema de sonegação que pode ter retirado até R$ 26 bilhões dos cofres públicos por meio da cadeia de importação e comercialização de combustíveis. De acordo com a investigação, o grupo deixava de recolher cerca de R$ 350 milhões em impostos todos os meses.

Diante da fraude, o governo federal intensificou a pressão sobre a Câmara dos Deputados para aprovar o projeto que cria regras mais duras contra o devedor contumaz. O presidente da Casa já designou relator, e o texto passou a figurar entre as prioridades do Executivo.

Liberação de R$ 34,3 bilhões e novas promessas para 2026

Em sessão conjunta, o Congresso Nacional autorizou a abertura de crédito extra de R$ 34,3 bilhões, manobra classificada por economistas como um “drible” na regra de ouro — dispositivo que impede o governo de contrair dívida para cobrir despesas correntes.

Paralelamente, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva começou a defender propostas para o próximo mandato, entre elas a isenção de Imposto de Renda sobre a Participação nos Lucros e Resultados (PLR) e a redução da jornada de trabalho. Analistas do mercado financeiro temem aumento do custo fiscal caso as medidas avancem.

‘Taxa das blusinhas’ volta ao centro do debate

O imposto de importação sobre encomendas de até US$ 50 — apelidado de taxa das blusinhas — voltou a dividir parlamentares. Um grupo de deputados articula a revogação da cobrança, mas não há consenso sobre o impacto para varejistas nacionais e plataformas estrangeiras.

Outros destaques econômicos

  • Correios: o ministro Fernando Haddad afirmou que o governo não estuda privatizar a estatal.
  • Lavagem de dinheiro: Haddad declarou que organizações criminosas brasileiras utilizam fundos nos Estados Unidos para movimentar recursos ilícitos.
  • Aviação: a Venezuela revogou licenças de diversas companhias aéreas; entre as afetadas estão Gol e Latam.
  • Supersalários: levantamento apontou o Poder Judiciário como líder nos vencimentos acima do teto constitucional.
  • Agronegócio: produtores de tilápia criticam política do governo que facilitou a importação do peixe, considerado espécie invasora.

As discussões sobre sonegação, regras fiscais e novas propostas trabalhistas devem dominar a agenda do Parlamento nas próximas semanas, enquanto o Executivo tenta calibrar gastos e arrecadação diante da escalada de compromissos orçamentários.

Com informações de Gazeta do Povo