O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu nesta quarta-feira, 10 de dezembro, manter a taxa básica de juros em 15% ao ano. A deliberação, tomada por unanimidade na última reunião de 2025, já era amplamente esperada pelo mercado.
No atual patamar, a Selic permanece no nível mais alto desde julho de 2006, quando alcançou 15,25% ao ano. Em comunicado, o colegiado reiterou que a “manutenção do nível corrente da taxa de juros por período bastante prolongado é adequada para assegurar a convergência da inflação à meta”. O texto ainda reforça que o Banco Central “seguirá vigilante” e poderá retomar o ciclo de aperto caso julgue necessário.
Inflação dentro do teto
Mais cedo, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu 0,18% em novembro. No acumulado de 12 meses, a inflação recuou de 4,68% para 4,46%, ficando pela primeira vez dentro do teto da meta de 4,5% desde setembro de 2024.
Cenário externo incerto
No mesmo dia, o Federal Reserve (Fed) reduziu os juros dos Estados Unidos em 0,25 ponto percentual, para a faixa de 3,50% a 3,75% ao ano, menor nível desde setembro de 2022. O Copom avaliou que o ambiente internacional segue incerto, mencionando as condicionantes da política econômica norte-americana e as tensões geopolíticas que exigem cautela por parte de economias emergentes.
No comunicado, o Banco Central informou que monitora a imposição de tarifas comerciais pelos EUA ao Brasil e os impactos da política fiscal doméstica sobre os ativos financeiros, fatores que reforçam a postura de prudência na condução da política monetária.
Com informações de Gazeta do Povo
